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Do Norte ao Sul do Peru | Os Lugares Mais Incríveis

13 fevereiro 2024 0 comentários

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Do Norte ao Sul do Peru | Os Lugares Mais Incríveis [Documentário Completo]

Origem: Canal Hugo Corelli.

Mapa geográfico

O Peru é um país com uma diversidade geográfica e cultural inacreditável.
Um país repleto de incontáveis maravilhas naturais e históricas.
Viajei pelo Peru por 45 dias e foi possível encontrar montanhas, praias, desertos, lagos e civilizações esquecidas no tempo.
Definitivamente um dos destinos mais incríveis na América do Sul.
Muitos lugares no mundo são especiais. Mas nada se compara com o Peru.
A religião Inca, conhecida como “tradição Inca” ou “arte espiritual andina”, ocupa uma posição significativa entre as principais religiões do mundo, É frequentemente descrito como misticismo da natureza devido à sua crença de que os humanos são inseparáveis da natureza, das suas criaturas e do vasto universo com as suas estrelas e planetas. Tudo é um e tudo está interligado.
Apesar da quase perda da cultura Inca durante a colonização espanhola das Américas, as comunidades no coração dos Andes peruanos salvaguardaram com sucesso estas tradições profundamente enraizadas.
A espiritualidade e o misticismo que envolveram a cultura Inca continuam a prosperar nas famílias tradicionais da cidade de Cusco e em todos os Andes peruanos.
São as múltiplas camadas de grandes civilizações que tornam o Peru tão fascinante. As ruas de paralelepípedos preservam a era dos conquistadores, as ruínas da cidade perdida de Machu Pichu lembram aos viajantes o outrora poderoso Império Inca e as misteriosas linhas de Nazca escapam a qualquer explicação. Além disso, os Andes peruanos são indiscutivelmente as montanhas mais espetaculares do continente e o lar de milhões de índios das terras altas que ainda falam a antiga língua quíchua e mantêm um modo de vida tradicional.

Em minha viajem pelo Perú eu passei por lugares inacreditáveis que contam histórias de civilizações esquecidas no tempo assim como paisagens fantásticas cruzando de norte ao sul do país.

Essa incrível viagem começa no norte do país explorando a cidade de Mancora com suas lindas praias, depois até a histórica Trujillo com sua fantástica e enorme cidade de barro chamada Chan Chan. Subindo depois até a cordilheira dos Andes em Huaraz, para depois chegarmos até a linda capital Lima.
Depois seguirei até o incrível deserto de Ica, onde vou explorar o fantástico oásis de Huacachina.
De Ica seguirei até a pouca explorada Andahuaylas onde encontrei as incríveis ruínas de Sondor.
Para depois chegar na tão esperada Cusco, a capital inca, onde também vou explorar o sitio arqueológico de Sacsayhuaman e Pisac.
Depois com uma linda trilha pelo vale sagrado chegarei até a misteriosa Machupicchu.
E por fim explorarei o lago mais místico do mundo. Titicaca.

Vem comigo nessa incrível jornada através dos lugares mais incríveis do Perú!

Fonte: Canal Hugo Corelli
FB PAGE/riceandbeanstravels
INSTA/hugo_corelli
Site https://www.hugocorelli.com.br

#peru #lugaresincriveis #machupicchu #titicaca #huacachina #deserto

Vídeo documentário

Apartheid

09 junho 2023 0 comentários





Apartheid

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Apartheid (pronúncia em africâner: [aˈpartɦɛit], significando "separação") foi um regime de segregação racial implementado na África do Sul em 1948 pelo pastor protestante Daniel François Malan — então primeiro-ministro —, e adotado até 1994 pelos sucessivos governos do Partido Nacional, no qual os direitos da maioria dos habitantes foram cerceados pela minoria branca no poder.

A segregação racial na África do Sul teve início ainda no período colonial, mas o apartheid foi introduzido como política oficial após as eleições gerais de 1948. A nova legislação dividia os habitantes em grupos raciais ("negros", "brancos", "de cor" e "indianos"), segregando as áreas residenciais, muitas vezes através de remoções forçadas. A partir de finais da década de 1970, os negros foram privados de sua cidadania, tornando-se legalmente cidadãos de uma das dez pátrias tribais autônomas chamadas de bantustões. Nessa altura, o governo já havia segregado a saúde, a educação e outros serviços públicos, fornecendo aos negros serviços inferiores aos dos brancos.

O apartheid trouxe violência e um significativo movimento de resistência interna, bem como um longo embargo comercial contra a África do Sul. Uma série de revoltas populares e protestos causaram o banimento da oposição e a detenção de líderes antiapartheid. Conforme a desordem se espalhava e se tornava mais violenta, as organizações estatais respondiam com o aumento da repressão e da violência.

Reformas no regime durante a década de 1980 não conseguiram conter a crescente oposição, e em 1990, o presidente Frederik Willem de Klerk iniciou negociações para acabar com o apartheid, o que culminou com a realização de eleições multirraciais e democráticas em 1994, que foram vencidas pelo Congresso Nacional Africano, sob a liderança de Nelson Mandela.

"For use by white persons" (em português: "Para uso de pessoas brancas") – placa da era do apartheid

Etimologia

Apartheid é uma palavra africâner que significa "separação", ou "o estado de ser separado", literalmente "apart-hood" (do africâner "-heid"). Seu primeiro uso registrado foi em 1929.

Antecedentes do apartheid

A colônia do Cabo foi estabelecida em 1652 pela Companhia Holandesa das Índias Orientais, com o intuito de fornecer uma escala aos navios da empresa a caminho da Indonésia. Os holandeses foram os primeiros europeus a se estabelecerem no sul do continente africano. Os bôeres (do holandês boer, ou "agricultor"), como ficaram conhecidos os primeiros colonizadores, utilizavam o trabalho escravo dos nativos em suas plantations litorâneas.

Em 1800, a colônia do Cabo foi tomada pelo Reino Unido, se transformando em possessão britânica em 1814, por ocasião do Congresso de Viena. Após 1834, quando a escravidão foi abolida em todo o Império Britânico, graves atritos começaram a surgir entre os bôeres e os britânicos, o que culminaria na Grande Migração em direção aos planaltos interiores, iniciada em 1835. Os bôeres se dirigiram ao norte do atual território sul-africano, atravessando as montanhas Drakensberg e levando consigo seus escravos negros. Na segunda metade do século XIX, fundaram as repúblicas do Orange e do Transvaal, que nasceram do massacre dos povos nativos e se constituiriam como sociedades fundadas na opressão racial.

O sistema colonial britânico em Cabo e Natal também adotava práticas racistas que começaram a forjar as bases legais para o regime do apartheid. Os britânicos introduziram a lei do passe no século XIX. Isto surgiu a partir da regulamentação da circulação de pessoas negras das regiões tribais para as áreas ocupadas por pessoas brancas e mestiças, governado pelos britânicos. As leis não foram só criadas para restringir a circulação de pessoas negras para essas áreas, mas também para proibir a sua circulação de um bairro a outro sem o porte de um passe. Os negros não tinham permissão para andar nas ruas das cidades das colônias do Cabo e de Natal de noite e eram obrigados a portar seus passes sempre que estivessem em local público. Em 1892, o voto dos negros foi limitado com base na educação e em recursos financeiros. Dois anos depois, os indianos foram privados de seu direito de voto em Natal.Em 1905, os negros como um todo foram privados do direito de voto, além de terem sua circulação limitada em áreas fixas. No ano seguinte, os indianos foram obrigados a carregarem passes.

No final do século XIX, a descoberta de jazidas de diamantes e ouro nas repúblicas do Orange e do Transvaal provocou a guerra entre ingleses e bôeres. A Guerra dos Bôeres terminou com a rendição das duas repúblicas. Em 1910, uma Constituição negociada entre bôeres e ingleses criou a União Sul-Africana, incorporando os territórios britânicos do Cabo e de Natal com as antigas áreas bôeres. Neste novo domínio britânico, todo o controle político foi dado aos brancos, uma vez que o direito dos negros de se sentarem no parlamento foi banido. Os bôeres logo fundaram o Partido Reunido Nacional para disputar com os ingleses a hegemonia política da região. Sob a bandeira deste partido, os africânderes (descendentes dos bôeres) começaram a lutar pela oficialização das práticas de segregação racial de seus ancestrais.

A base ideológica do apartheid, encontrada principalmente entre os membros do Partido Reunido Nacional, nasceu a partir do conceito romântico de nação, reelaborado a partir do pensamento fascista. Nas obras dos principais teóricos do apartheid, a nação tem seu fundamento na raça, na cultura e na etnia. A "língua étnica" (o africâner) aparece como traço básico da identidade nacional. Outra base foi o passado bôer e, sobretudo, a interpretação mitológica desse passado. A ideia de uma cultura singular legitimou o conceito restritivo de nação, que excluía os outros povos da África do Sul. A memória dos feitos da Grande Marcha e da Guerra dos Bôeres forneceu uma vasta simbologia destinada a estimular o patriotismo africânder.

"Bandeira sul-africana entre 1928 e 1994

Os africânderes chegaram ao poder em 1910 com a eleição do primeiro-ministro Louis Botha, cujo governo adotou as primeiras leis de segregação racial, tal como a proibição de os não brancos quebrarem um contrato de trabalho e de se tornarem membros da Igreja Reformada Holandesa. Em 1913, todos os negros, com exceção dos moradores da província do Cabo, foram impedidos de comprarem terras fora das "reservas indígenas". Ainda naquele ano, a Lei de Terras Nativas dividiu a posse da terra na África do Sul por grupos raciais. Os negros, que constituíam dois terços da população, passaram a ter direito a apenas 7,5% das terras, enquanto os brancos, um quinto da população, tinham direito a 92,5% das terras. As pessoas "de cor" (mestiços) não tinham direito à posse da terra. A lei determinava ainda que os negros só poderiam viver fora de suas terras quando fossem empregados dos brancos. Passou também a ser ilegal a prática usual de ter rendeiros negros nas plantações.

Em 1918, o Projeto de Lei sobre Nativos em Áreas Urbanas foi concebido para obrigar os negros a viverem em locais específicos. Entretanto, a segregação urbana só foi introduzida no governo seguinte, de Jan Smuts, membro do Partido Unido. Foi Smuts quem havia cunhado a palavra apartheid, em discurso de 1917. Durante seu segundo governo, os indianos foram proibidos de comprar terras.

O governo de Smuts começou a se afastar da aplicação de leis segregacionistas rígidas durante a Segunda Guerra Mundial. Em meio a temores de que a integração acabaria por levar a nação à assimilação racial, os legisladores estabeleceram a Comissão Sauer para investigar os efeitos das políticas do Partido Unido. A comissão concluiu que a integração traria uma "perda de personalidade" para todos os grupos raciais.

Instituição do apartheid

Eleições de 1948

O Partido Reunido Nacional, o principal partido político do nacionalismo africânder, venceu as eleições gerais de 1948 sob a liderança de Daniel François Malan, clérigo da Igreja Reformada Holandesa. Uma das principais promessas de campanha de Malan era aprofundar a legislação de segregação racial. O Partido Reunido Nacional derrotou por pequena margem o Partido Unido de Jan Smuts – que havia apoiado a noção vaga de lenta integração racial – e formou um governo de coalizão com outro partido defensor do nacionalismo africânder, o Partido Afrikaner. Malan instituiu o regime do apartheid, e os dois partidos logo se fundiriam para formar o Partido Nacional.

A discriminação racial, há muito tempo uma realidade na sociedade sul-africana, havia sido elevada à condição de filosofia. Uma sociedade conhecida como Broederbond ("Irmandade") congregava os "solucionadores de problemas" que elaboraram a doutrina do apartheid. Tal doutrina foi definida da seguinte maneira no manifesto eleitoral do Partido Nacional:

A política da segregação racial se baseia nos princípios cristãos do que é justo e razoável. Seu objetivo é a manutenção e a proteção da população europeia do país como uma raça branca pura e a manutenção e a proteção dos grupos raciais indígenas como comunidades separadas em suas próprias áreas (...) Ou seguimos o curso da igualdade, o que no final significará o suicídio da raça branca, ou tomamos o curso da segregação

Legislação do apartheid

De acordo com os líderes do Partido Nacional, a África do Sul não formava uma única nação, mas sim quatro nações composta por quatro grupos raciais distintos: brancos, negros, de cor (mestiços) e indianos. Estes grupos foram divididos em mais de treze "nações" ou federações raciais. Os brancos abrangia todos os falantes de inglês ou africânder; a população negra foi dividida em dez grupos linguísticos.

Logo após sua posse, o novo governo aprovou várias leis que pavimentaram o caminho para o "grande apartheid", centrado em separar as raças em grande escala, através da separação das pessoas em espaços para cada raça. Entre os governos de Malan e Balthazar Johannes Vorster, o regime nacionalista aprovou mais de 300 leis relativas ao apartheid.

A primeira grande legislação do apartheid foi a Lei de Registro Populacional, de 1950, que formalizou a divisão racial através da introdução de um cartão de identidade para todas as pessoas com idade superior a dezoito anos, especificando a qual grupo racial cada uma delas pertencia. Equipes oficiais ou conselhos foram criados para determinar a raça de indivíduos cuja etnia não era claramente identificada. Tais casos trouxeram complicações, especialmente para os mestiços, que em alguns casos tiveram membros de suas famílias separados em raças distintas.

A Lei de Reserva dos Benefícios Sociais de 1953 possibilitou a divisão de locais públicos por raça. Esta placa encontrada numa praia de Durban, em 1989, indica – em inglês, africâner e zulu – se tratar de uma "área de banho reservada para uso exclusivo por integrantes do grupo racial branco".

O segundo pilar do apartheid, a Lei de Áreas de Agrupamento, veio em 1950. Até então, a maioria dos assentamentos continha pessoas de diferentes raças vivendo lado a lado. Esta lei pôs fim a diversas áreas urbanas e determinou onde cada um deveria viver de acordo com sua raça. A cada raça foi atribuída uma área específica, o que foi mais tarde utilizado como base para remoções forçadas. Legislação adicional aprovada em 1951 permitia que o governo demolisse favelas habitadas por negros e forçava os empregadores brancos a pagar pela construção de moradias para os trabalhadores negros que foram autorizados a residir nas cidades reservadas para pessoas brancas.

Em 1949, a Lei de Proibição dos Casamentos Mistos tornou ilegal o casamento entre pessoas de raças diferentes. No ano seguinte, a Lei da Imoralidade tornou crime relações sexuais entre pessoas de raças diferentes.

Em 1953, a Lei de Reserva dos Benefícios Sociais determinou que locais públicos poderiam ser reservados para determinada raça, criando, entre outras coisas, praias, ônibus, hospitais, escolas e universidades segregados. Placas com os dizeres "apenas para brancos" tiveram seu uso difundido em locais públicos, incluindo até mesmo bancos de praças. Sob a mesma legislação, o governo se isentava da responsabilidade de oferecer serviços públicos da mesma qualidade para todos os cidadãos. Aos negros eram fornecidos serviços de qualidade muito inferior àqueles prestados aos brancos – e, em menor medida, àqueles prestados aos indianos e mestiços. Em 1956, a discriminação racial no local de trabalho foi formalizada.

Outras leis tinham, como objetivo, reprimir a resistência, especialmente armada, ao regime de apartheid. Em 1950, a Lei de Supressão ao Comunismo baniu o Partido Comunista Sul Africano e qualquer outra organização política que o governo decidisse catalogar como sendo "comunista". Qualquer manifestante contra o regime poderia ser tachado de "comunista", se sujeitando a graves penas. Encontros não organizados junto ao governo foram proibidos, assim como algumas organizações da sociedade civil que foram encaradas como uma ameaça ao regime.

A educação foi segregada através da Lei de Educação Bantu de 1953, que criou um sistema educacional separado para os estudantes negros, projetado para preparar os jovens negros para passarem o resto da vida como trabalhadores braçais. Em 1959, foram criadas universidades específicas para negros, mestiços e indianos. As universidades já existentes foram proibidas de matricularem novos alunos negros. Em 1974, um decreto passou a exigir o uso do africâner e do inglês em condições de igualdade em escolas de ensino médio fora dos bantustões.

A Lei de Autodeterminação dos Bantu de 1951 criou estruturas governamentais separadas para cidadãos negros, sendo a primeira legislação estabelecida para apoiar o plano do governo de separar o país em bantustões. A Lei de Promoção do Auto-Governo Negro de 1958 deu suporte à política do Partido Nacional de criar "pátrias" (em inglês: homelands) nominalmente independentes para o povo negro. As chamadas "unidades autônomas Bantu" foram propostas. Elas teriam poderes administrativos descentralizados, com a promessa de que mais tarde iriam adquirir autonomia política e autogoverno. A Lei de Investimento Corporativo nos Bantu de 1959 criou um mecanismo de transferência de capital para as homelands com a finalidade de geração de emprego nelas. Em 1967, foi criada legislação que permitia, ao governo, parar o desenvolvimento industrial em cidades "brancas" e redirecionar tal desenvolvimento para as homelands. A Lei de Cidadania da Pátria Negra de 1970 marcou uma nova fase na estratégia do regime de promover os bantustões. O governo mudou o status dos negros que viviam na África do Sul para que deixassem de ser cidadãos sul-africanos e se tornassem cidadãos de um dos dez territórios autônomos. O objetivo do Partido Nacional era garantir que os brancos se tornassem maioria na população sul-africana, incitando todos os dez bantustões a proclamar "independência".

O contato inter-racial nos esportes era desaprovado, mas não havia legislação segregando os esportes. O governo mantinha as práticas esportivas segregadas utilizando outras legislações, como a Lei de Áreas de Agrupamento.

O governo do Partido Nacional reforçou as leis de passe já existentes, obrigando os negros sul-africanos a carregar documentos de identificação a fim de evitar a migração de negros para a África do Sul "branca". Qualquer morador negro das cidades tinham de ser empregado, o que provocava uma exclusão em famílias, separando, assim, as esposas dos maridos e os pais dos filhos. Até 1956, as negras eram, em sua maioria, excluídas das leis de passes, na medida em que as tentativas de introduzir leis de passes para as mulheres negras eram recebidas com grande resistência pelo eleitorado.

Verwoerd e o branco-indigenismo

Antes de a África do Sul tornar-se uma república, a política entre brancos sul-africanos era tipificada pela divisão entre conservadores pró-república e os sentimentos antirrepublicanos dos descendentes de ingleses, pois o legado da Guerra dos Boers era importante ainda para certas pessoas. Após o status de república ter sido firmado, o primeiro-ministro Hendrik Verwoerd atuou no sentido de fortalecer as relações e os acordos entre aqueles de origem britânica e os africâneres. Ele afirmava que a única diferença agora era entre aqueles que apoiavam o apartheid e aqueles que eram contra. A etnia não deveria dividir mais os falantes de inglês e os falantes de africâner, mas os brancos e os indígenas negros. A maioria dos africâneres apoiou a noção de unidade dos brancos sob o argumento de que isto garantir sua segurança. Os eleitores de origem britânica ficavam divididos. Muitos eram contra a república, votando "não" na Província de Natal. Depois, porém, muitos apoiaram a unidade branca, temerosos dos processos de descolonização que ocorriam em diversos lugares da África. Este apoio, ainda que fragmentado, permitiu, a Verwoerd, implementar sua política de divisão entre brancos e nativos, o branco-indigenismo.

Resistência

As primeiras manifestações contra o apartheid foram organizadas pelo Congresso Nacional Africano, partido político fundado em 1912 para defender os direitos dos negros, assim como por brancos de mentalidade liberal. Na Campanha do Desafio, de 1952, os negros deliberadamente infringiram a legislação racista, dando margem a detenções, na expectativa de congestionar as prisões do país. No entanto, apenas 8,5 mil pessoas foram presas. Em 1960, o então líder do CNA Albert Lutuli recebeu o Prêmio Nobel da Paz como chefe do movimento de resistência pacífica ao regime de apartheid.

O protesto contra as Leis do Livre Trânsito, organizado pelo Congresso Pan-Africano, acabou descambando na tragédia de Sharpeville em 21 de março de 1960. Enquanto uma multidão de manifestantes negros avançava em direção à delegacia de polícia local, os ânimos se acirraram e a polícia abriu fogo, matando 69 manifestantes e ferindo 180. Todas as vítimas eram negras. A maioria delas foi baleada nas costas. O Coronel J. Pienaar, oficial encarregado das forças policiais no dia, declarou que "hordas de nativos cercaram a delegacia. Meu carro foi acertado com uma pedra. Se fazem essas coisas, eles devem aprender a lição do modo difícil".

O CNA considerou o massacre de Sharpeville um ponto decisivo. Nelson Mandela, alegando que o movimento de resistência pacífica falhara, afirmou que havia chegado o momento do CNA passar a adotar a sabotagem. Na clandestinidade, criou o Umkhonto we Sizwe ("Lanceiro da Nação"), ala militar do CNA. Apesar de suas unidades terem detonado bombas nos edifícios do governo nos anos seguintes, o Umkhonto we Sizwe não ofereceu ameaça real ao Estado sul-africano, que tinha o monopólio de armamento moderno.

O governo também endureceu sua posição. Desaprovado pela opinião mundial e diante de um boicote econômico imposto pela Organização das Nações Unidas, o regime baniu o CNA e o CPA, e se tornou uma república, se desfiliando da Comunidade Britânica. À época, a África do Sul despertava a hostilidade dos outros membros da Comunidade – particularmente aqueles na África e Ásia, bem como o Canadá – devido ao seu regime de apartheid.

A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou a Resolução 1761 em 6 de novembro de 1962, condenando as práticas racistas do regime sul-africano e pedindo que todos os países-membros da ONU cortassem as relações militares e econômicas com a África do Sul. O boicote representava muito mais uma inconveniência do que uma sanção de fato. Angola e Moçambique, ambas sob domínio português, estavam prontas a rompê-lo, assim como Malauí, que dependia bastante dos vínculos comerciais com a África do Sul. O petróleo, único recurso mineral do qual a África do Sul não dispunha, podia ser obtido do Irã ou sintetizado do carvão, por meio de processo inventado na Alemanha. Quando a Grã-Bretanha se recusou a fornecer armas ao regime, a África do Sul criou sua própria indústria bélica. Os recursos necessários ao investimento foram proporcionados pela existência de um depósito de riquezas naturais, como carvão, diamantes, cobre, platina e manganês, na África do Sul.

No final da década de 1960, as perspectivas para a população não-branca da África do Sul eram desanimadoras. Mandela, considerado culpado de traição em 1963, cumpria pena de prisão perpétua na Ilha Robben, ao largo da Cidade do Cabo. Alerta e pronto para sufocar qualquer dissidência antes que se tornasse grave, o regime criou o temido Bureau of State Security ("Escritório de Segurança Estatal"), órgão de repressão política conhecido pelo acrônimo BOSS ("chefe").

Em 1974, o governo aprovou o Decreto de Mídia Afrikaans que forçava todas as escolas a usarem o africâner quando ensinassem aos negros matemática, ciências sociais, geografia e história nas escolas secundárias. O vice-ministro de educação bantu, Punt Janson, disse que "não consultei o povo africano na questão da língua e não vou consultar. Um africano pode achar que 'o chefe' apenas fala afrikaans ou apenas fala inglês. Seria vantajoso para ele saber as duas línguas".

Nelson Mandela foi uma das principais figuras da oposição ao apartheid

Essa política foi profundamente impopular. Em 30 de abril de 1976, crianças da escola primária Orlando West no Soweto entraram em greve, recusando-se a ir às aulas. A rebelião espalhou-se por outras escolas em Soweto. Os estudantes organizaram um protesto em massa em 16 de Junho de 1976, que acabou com violência - a polícia respondendo com balas às pedras jogadas pelas crianças. O incidente disparou uma onda de violência generalizada por toda a África do Sul, custando centenas de vidas.

Internacionalmente, a África do Sul ficou isolada. Inúmeras conferências aconteceram e as resoluções das Nações Unidas foram aprovadas condenando o país, incluindo a Conferência Mundial contra o Racismo em 1978 e 1983. Um imenso movimento de cerceamento de direitos iniciou-se, pressionando os investidores a se recusarem a investir em empresas da África do Sul ou empresas que fizessem negócios com a África do Sul. Os times esportivos da África do Sul foram barrados de participarem em eventos internacionais, e o turismo e a cultura sul-africanos foram boicotados.

Esses movimentos internacionais, combinados com problemas internos, persuadiram o governo Sul-Africano que sua política de linha-dura era indefensável e em 1984 algumas reformas foram introduzidas. Muitas das leis do apartheid foram repelidas, e uma nova constituição foi introduzida que dava representação limitada a certos não brancos, apesar de não estendê-las à maioria negra.

Os anos mais violentos dos anos 1980 foram os de 1985 a 1988, quando o governo P. W. Botha começou uma campanha para eliminar os opositores. Por três anos, a polícia e os soldados patrulharam as cidades sul-africanas em veículos armados, destruindo campos pertencentes a negros e detendo, abusando e matando centenas de negros. Rígidas leis de censura tentaram esconder os eventos, banindo a mídia e os jornais.

Em 1989, F. W. de Klerk sucedeu a Botha como presidente. Em 2 de Fevereiro de 1990, na abertura do parlamento, de Klerk declarou que o apartheid havia fracassado e que as proibições aos partidos políticos, incluindo o Congresso Nacional Africano, seriam retiradas. Nelson Mandela foi libertado da prisão. De Klerk seguiu abolindo todas as leis remanescentes que apoiavam o apartheid.

Mandela tornou-se presidente nas primeiras eleições presidenciais livres em muitos anos. Em 15 de Abril de 2003, o seu sucessor, presidente Thabo Mbeki anunciou que o governo da África do Sul pagaria 660 milhões de rands (aproximadamente 85 milhões de dólares norte-americanos) para cerca de 22 mil pessoas que haviam sido torturadas, detidas ou que haviam perdido familiares por consequência do apartheid. A Comissão da Verdade e Reconciliação, formada para investigar os abusos da era do apartheid, havia recomendado, ao governo, pagar 3 bilhões de rands em compensação, pelos cinco anos seguintes.

Aplicações do apartheid na África do Sul

O apartheid foi implementado por lei. As restrições a seguir não eram apenas sociais, mas obrigatórias pela força da lei. Não brancos eram excluídos do governo nacional e não podiam votar, exceto em eleições para instituições segregadas que não tinham qualquer poder. Aos negros, eram proibidos diversos empregos, sendo-lhes também vetado empregar brancos. Não brancos não podiam manter negócios ou práticas profissionais em quaisquer áreas designadas somente para brancos. Cada metrópole significante e praticamente todas as regiões comerciais estavam dentro dessas áreas. Os negros, sendo um contingente de 70% da população, foram excluídos de tudo, menos uma pequena proporção do país, a não ser que eles tivessem um passe, o que era impossível, para a maioria, conseguir.

A implementação desta política resultou no confisco da propriedade e remoção forçada de milhões de negros. Um passe só era dado a quem tinha trabalho aprovado; esposas e crianças tinham que ser deixadas para trás. Esse passe era emitido por um magistério distrital confinando os (negros) que o possuíam àquela área apenas. Não ter um passe válido fazia um negro sujeito a prisão imediata, julgamento sumário e "deportação" da "pátria". Viaturas da polícia que continham o símbolo sjambok da polícia vasculhavam a "área branca" para enquadrar os negros "ilegais".

A terra conferida aos negros era tipicamente muito pobre, impossibilitada de prover recursos à população forçada a ela. As áreas de negros raramente tinham saneamento ou eletricidade. Os hospitais eram segregados, sendo os destinados a brancos capazes de fazer frente a qualquer um do mundo ocidental e os destinados a negros, comparativamente, tinham séria falta de pessoal e fundos e eram, de longe, limitados em número. As ambulâncias eram segregadas, forçando que a raça da pessoa fosse corretamente identificada quando aquelas eram chamadas. Uma ambulância "branca" não levaria um negro ao hospital. Ambulâncias para negros tipicamente continham pouco ou nenhum equipamento médico.

Nos anos 1970, a educação de cada criança negra custava, ao estado, apenas um décimo de cada criança branca. Educação superior era praticamente impossível para a maioria dos negros: as poucas universidades de alta qualidade eram reservadas para brancos. Além disso, a educação provida aos negros era deliberadamente não designada para prepará-los para a universidade, e sim para os trabalhos braçais disponíveis para eles.

Trens e ônibus eram segregados. Além disso, trens para brancos não tinham vagões de terceira classe, enquanto trens para negros eram superlotados e apresentavam apenas vagões de terceira classe. Ônibus de negros paravam apenas em paradas de negros e os de brancos, nas de brancos. As praias eram racialmente segregadas, com a maioria (incluindo todas as melhores) reservadas para brancos. Piscinas públicas e bibliotecas eram racialmente segregadas mas praticamente não havia piscinas ou bibliotecas para negros. Quase não havia parques, cinemas, campos para esportes ou quaisquer amenidades a não ser postos policiais nas áreas negras.

Os bancos de parques eram marcados "Apenas para europeus". Sexo inter-racial era proibido. Policiais negros não tinham permissão para prender brancos. Negros não tinham autorização para comprar a maioria das bebidas alcoólicas. Um negro poderia estar sujeito a pena de morte por estuprar uma branca, mas um branco que estuprasse uma negra recebia apenas uma multa, e quase sempre nem isso. Os cinemas nas áreas brancas não tinham permissão para aceitar negros. Restaurantes e hotéis não tinham permissão para aceitar negros, a não ser como funcionários.

Tornar-se membro em sindicatos não era permitido aos negros até os anos 1980, e qualquer sindicato "político" era banido. Greves eram banidas e severamente reprimidas. Negros pagavam impostos sobre uma renda baixa até o nível de 30 rands ao mês (cerca de 15 libras esterlinas nos anos 1970), enquanto que o limite de isenção fiscal dos brancos era muito mais alto.

O apartheid perverteu a cultura Sul-Africana, assim como as suas leis. Um branco que entrasse em uma loja seria atendido primeiro, à frente de negros que já estavam na fila, independente da idade ou qualquer outro fator. Até os anos 1980, dos negros sempre se esperaria que descessem da calçada para dar passagem a qualquer pedestre branco. Um menino branco seria chamado de "klein baas" (pequeno patrão) por um negro, sem que este demonstrasse qualquer tipo de desaprovação; um negro adulto poderia ser chamado de "garoto", por brancos.

Motivações por trás da implementação do apartheid

Área rural em Ciskei, um dos bantustões

É interessante examinar o que motivou os criadores das políticas de apartheid e qual visão do mundo foi defendida por essas pessoas para justificar tal discriminação. É comum considerar que o apartheid tem, como centro de suas crenças, que: (I) outras raças diferentes da branca são inferiores; (II) que um tratamento inferior a raças "inferiores" é apropriado; (III) e que tal tratamento deveria ser reforçado pela lei. Contudo, têm existido e continuam a existir apologistas acadêmicos para o apartheid que argumentam que, apesar da implementação do apartheid na África do Sul ter suas falhas, ela tinha a intenção por seus arquitetos de ser um sistema que separasse as raças, prevenindo os "Brancos" (e outras minorias) de serem "engolidos" e perderem sua identidade, mas trataria, contudo, as raças de forma justa e igual. Herman Giliomee, em seu livro "Os Afrikaners", descreve quantos da liderança intelectual dos Afrikaners tinham boas intenções genuínas. Ele não responde porém, a questão de como a elite intelectual foi capaz de jogar o jogo "não veja o mal, não ouça o mal, não fale do mal" tão bem por tanto tempo, apesar de encarar as crueldades do apartheid diariamente.

Um caso em discussão é o documento Afrikaner Broederbond referenciado abaixo. Nele, é afirmada a crença Afrikaner na democracia e nos princípios Cristãos. Sua visão da democracia, contudo, sistematicamente excluiu não brancos, e seu entendimento dos princípios Cristãos não estendiam o tratamento igual aos seus vizinhos negros. Aparentemente, eles reconheciam negros como sendo inferiores ou "diferentes demais" para serem tratados de forma igual.

Uma explicação usada pelos apologistas como desculpa para a violência dos brancos sul-africanos é que, uma vez implantado o apartheid, e com os negros não mais sendo cidadãos da África do Sul mas cidadãos das "pátrias" nominalmente independentes (bantustões) e trabalhando na África do Sul como portadores de licença temporária de trabalho, os brancos sul-africanos não mais se consideravam responsáveis pelo bem-estar dos negros.

Os Bantustões

Localização dos bantustões na África do Sul

O governo sul-africano tentou dividir o Estado da África do Sul reconhecido internacionalmente em um sem número de republiquetas. Algo como 87% da terra era reservada aos brancos, mestiços, e indianos. Cerca de 13% da terra era divida em dez "pátrias" fragmentadas para os negros (80% da população) aos quais era dada "independência", apesar da autonomia ser mais teórica que real: o exército da África do Sul interviria para remover governos das "pátrias" que implementassem políticas que não fossem do gosto da África do Sul. O governo da África do Sul tentou traçar uma equivalência entre sua visão de "cidadãos" negros nas "pátrias" e a visão da União Europeia e dos Estados Unidos sobre imigrantes ilegais vindos da Europa Oriental e América Latina, respectivamente.

Onde a África do Sul se diferenciava de outros países é que, enquanto estes desmantelavam sua legislação discriminatória e tornavam-se mais abertos em assuntos relacionados à raça, a África do Sul construía um labirinto legal de discriminação racial. Que os brancos sul-africanos considerassem a implementação do apartheid necessária pode ter sido motivado por estudos demográficos; como minoria que estava diminuindo em relação ao total da população, havia um pensamento incômodo de ser engolido pela maioria negra, e de perder sua identidade através de casamentos inter-raciais se isso fosse permitido.

O apartheid condenado na Assembleia Geral das Nações Unidas.

O apartheid nas leis internacionais

O apartheid Sul-africano foi condenado internacionalmente como injusto e racista. Em 1973 a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou o texto da "Convenção Internacional da Punição e Supressão ao Crime do Apartheid". A intenção imediata da convenção era provir a estrutura formal e legal para que os membros pudessem aplicar sanções para pressionar os governos Sul-africanos a mudar suas políticas. Entretanto, a convenção foi fraseada, em termos gerais, com a intenção expressa da proibição de que qualquer outro estado adote políticas parecidas. A convenção ganhou força em 1976.

O Artigo II da convenção define o apartheid assim:

Pelo propósito da presente convenção, o termo "crime de apartheid", que deve incluir práticas de segregação e discriminação racial e políticas similares, como as praticadas no sul da África, deve aplicar-se aos seguintes atos desumanos cometidos com o propósito de estabelecer e manter a dominação de um grupo racial de pessoas sobre qualquer outro grupo racial de pessoas e a opressão sistemática destas:

(a) Negação a um membro ou membros de um grupo ou grupos raciais ao direito à vida e à liberdade individual
(i) Por assassinato ou assassinatos de grupo ou grupos raciais;
(ii) Por uso de agressões mentais ou corporais graves a membros de grupos raciais, pelo infringimento de suas liberdades ou dignidades, ou pela sujeição dos mesmos à tortura ou à punição/tratamento cruel e desumano;
(iii) Pela prisão arbitrária ou aprisionamento ilegal de membros de grupos raciais;

(b) Imposição deliberada a grupos raciais de condições de vida calculadas para causar sua destruição física total ou parcial;

(c) Qualquer medida legislativa e outras medidas calculadas para evitar que um grupo ou grupos raciais participem da vida política, social, econômica ou cultural de um país e a criação deliberada de condições que evitem o desenvolvimento completo de um grupo ou grupos raciais, em particular através da negação dos direitos e liberdades humanas, incluindo o direito ao trabalho, o direito de formar uniões comerciais, o direito à educação, o direito de deixar e retornar ao seu país, o direito à uma nacionalidade, o direito de ir e vir e da mobilidade da residência, o direito à liberdade de opinião e expressão, e o direito a junções e associações livres e pacíficas a membros de grupos raciais.

(d) Qualquer medida, incluindo medidas legislativas, destinadas a dividir racialmente a população pela criação de reservas separadas e guetos para membros de um grupo ou grupos raciais, a proibição de casamentos que mesclem grupos raciais distintos, a expropriação de propriedades territoriais pertencentes a grupos raciais a membros que não são da comunidade;

(e) Exploração da força laboral de membros de um grupo ou grupos raciais, em particular pela submissão a trabalhos forçados;

(f) Perseguição de organizações ou pessoas, para privá-las de direitos e liberdades fundamentais, pelo fatos dessas serem opostas ao apartheid.

O crime também foi definido na Corte Criminal Internacional:

"O crime de apartheid" refere-se a atos inumanos de caráter similar aos referidos no parágrafo 1, cometidos no contexto de um regime institucionalizado para a opressão sistemática e dominação de um grupo racial sobre qualquer outro grupo ou grupos, cometidos com a intenção de manter o regime.

Referendo

Um referendo sobre o fim do apartheid foi realizado na África do Sul em 17 de março de 1992. O referendo foi limitado aos eleitores sul-africanos brancos, que responderam se apoiavam ou não as reformas negociadas iniciadas pelo Presidente do Estado FW de Klerk dois anos antes, nas quais ele propunha acabar com o sistema de apartheid, implementado em 1948. O resultado da eleição foi uma grande vitória do "sim", o que acabou resultando no fim do apartheid. O sufrágio universal foi introduzido dois anos depois.

Conclusão

Em 10 de Maio de 1994, Nelson Mandela fez o juramento como presidente da África do Sul diante de uma eufórica multidão. Dentre suas primeiras ações, foi criada a Comissão Verdade e Reconciliação e reescrita a Constituição da África do Sul. Na eleição multirracial seguinte, o Congresso Nacional Africano de Mandela ganhou com margem larga, efetivamente terminando com a era do apartheid. No entanto, a herança do apartheid e as desigualdades socioeconômicas que ele promoveu e sustentou podem vir a prejudicar a África do Sul por muitos anos ainda, apesar de o nível de desigualdade do regime ser menor que os de alguns países desenvolvidos da atualidade.

Discriminação pós-apartheid

Após o fim do apartheid, o novo regime aplicou diversas ações afirmativas visando a beneficiar as vítimas do regime discriminatório. Porém o novo regime acabou por segregar os sul-africanos de origem chinesa que viviam no país desde o início do século e que também sofreram os efeitos discriminatórios do apartheid, mesmo que em menor escala. Somente em 2008, após a Associação Chinesa da Africa do Sul entrar com uma ação na Suprema Corte Sul-Africana, os sul-africanos de origem chinesa passaram a ser definidos como "novos negros", se tornando, então, também elegíveis para os benefícios de compensação concedidos às vítimas do apartheid. A definição dos sul-africanos de origem chinesa como "novos negros" só irá beneficiar aqueles que já possuíam a cidadania sul-africana antes de 1994, excluindo os imigrantes pós-apartheid, o que deve beneficiar cerca de 15 000 dos atuais 300 000 chineses sul-africanos.

A não inclusão dos sul-africanos de origem chinesa nos benefícios às vítimas do apartheid se deve à confusão entre os imigrantes taiuaneses que, beneficiados pela relação amistosa de Taiwan com o regime do apartheid, foram considerados "brancos honorários", ao contrário dos chineses oriundos da China continental, descendentes dos trabalhadores das minas de ouro, cuja imigração foi proibida pelo Ato de Exclusão dos Chineses de 1904, que foram vítimas da segregação ao serem classificados como "pessoas de cor" pelo antigo sistema. Acredita-se que os inúmeros investimentos chineses e o interesse no crescente poderio econômico chinês por parte do governo sul-africano tenham contribuído para sanar esta última injustiça do apartheid.

O padrão de vida da minoria branca ainda é melhor do que o da maioria negra, porém, após o fim do apartheid, ocorreu um aumento da pobreza entre os membros da minoria branca. Nos últimos anos, a população branca é atingida por uma onda de violência, principalmente na zona rural, onde milhares de agricultores foram mortos. Desde o fim do apartheid, mais de 1 milhão de brancos deixaram o país. Em 2008, o cidadão sul-africano Brandon Huntley pediu que o Canadá o acolhesse com o status de refugiado, alegando que sofria perseguições em seu país por ser branco. A violência contra os brancos do país é tão grave, que o termo "genocídio" é usado para descreve-lo. Em 8 de Janeiro de 2012, durante a celebração do centenário do Congresso Nacional Africano, o presidente Jacob Zuma cantou uma canção que incita a violência contra a minoria branca.

Fonte: Wikipedia

Vídeo documentário

Apartheid - Documentário.
Fonte: Saulo Nóbrega

Entendendo Brasília e seus endereços

18 junho 2019 0 comentários

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Entendendo Brasília e seus endereços
Brasil/Distrito Federal

Se você cair de paraquedas aqui em Brasília (além de perceber que a cidade tem sim forma de avião) vai ficar perdido perdido. Pra quem não conhece é muito difícil se localizar aqui. Mas calma, vou tentar te explicar, porque até eu que nasci aqui me confundo as vezes. Vamos entender o Plano Piloto.

Os Eixos de Brasília

Lúcio Costa criou um projeto onde 2 eixos se cruzam formando o que para ele seria uma cruz (para nós um avião) e para fácil entendimento temos que pensar que são como pontos cardeais, Norte, Sul, Leste e Oeste. Os 2 eixos são o Rodoviário e Monumental.

Eixão ou Eixo Rodoviário mede cerca de 15km, ele é a avenida que passa pelas “Asas do Avião” de norte a sul, separando a parte leste da parte oeste que por sua vez possuem 3 eixos L (leste) e 3 eixos W (oeste). Assim como o Eixão eles vão de norte a sul. O Eixo L possui L2, L3 e L4 e o Eixo W possui W3, W4 e W5. Os L são regiões com apartamentos, colégios e faculdades, enquanto os W são comerciais, residenciais de casas, colégios, faculdades e prédios corporativos. Já o Eixo Monumental tem cerca de 12km e seria o “Corpo do Avião”. Ele vai de leste ao oeste e é onde se encontram os Ministérios, alguns órgãos públicos da cidade.

As Quadras

As partes sul e norte, conhecidas também como Asa Sul e Asa Norte são divididas em centenas de 100 a 900 e dezenas de 1 a 16, dessa forma temos as quadras 101, 208, 516, 910 e por ai vai. Lembrando que cada Asa tem quadras com números iguais, a diferença é que uma fica na sul e a outra fica na norte. A quadra com a numeração maior (516) começa nas extremidades das Asas Sul e Norte e dai os números seguem em forma decrescente (516, 515, 514, 513…) até o Eixo Monumental.

E também é interessante ressaltar que as centenas (de 100 a 900) são divididas em ímpares e pares. As ímpares (100, 300, 500, 700 e 900) ficam localizadas nos Eixos W, ou seja, na parte Oeste da cidade, já as pares (200, 400, 600, 800) estão localizadas nos Eixos L, ou seja, na parte Leste.

Aqui é tudo dividido por setores (e siglas).

Isso mesmo, por setor e separados em norte e sul, logo temos Setor Hoteleiro, Setor de Diversões, Setor de Embaixadas, Setor Hospitalar, Setor Policial e por ai vai. O interessante nisso é que ninguém vai te dizer o setor dessa forma, mas sim por siglas, tipo SEPN que significa Setor de Edifícios Públicos Norte, ou SHCNW que quer dizer Setor de Habitações Coletivas Noroeste. Então não estranhe se estiver escrito SHN, SHCGS, EPDB, QMSW… tudo aqui são por siglas.

Para entender melhor é só analisar a última letra, se for um N é norte, se for um S é sul, se for NW é Noroeste, SW Sudoeste, se não tiver letra indicando ponto cardeal pode ser na região central ou o nome de alguma estrada.

Pra facilitar segue abaixo um dicionário com as siglas de Brasília.

  • Siglas começadas em A

    • AE – Área Especial
    • AEMN – Área de Expansão dos Ministérios Norte
    • AOS – Área Octogonal Sul
  • Siglas começadas em C

    • CADF – Centro Administrativo do Distrito Federal
    • CL – Comércio Local
    • CLN/CLRN – Comércio Local (Residencial) Norte
    • CLS – Comércio Local Sul
    • CLSW – Comércio Local Sudoeste
    • CRS – Comércio Residencial Sul
  • Siglas começadas em E

    • EMI – Esplanada dos Ministérios
    • EPDB – Estrada Parque Dom Bosco
    • EPIA – Estrada Parque Indústria e Abastecimento
    • EPNB – Estrada Parque Núcleo Bandeirante
    • EPTG – Estrada Parque Taguatinga
    • EQN – Entrequadra Norte
    • EQS – Entrequadra Sul
  • Siglas começadas em M e P

    • ML – Mansões do Lago
    • PqEB – Parque Estação Biológica (Embrapa Asa Norte)
  • Siglas começadas em Q

    • QELC – Quadras Econômicas Lúcio Costa (Guará)
    • QI – Quadra Interna (Lago Sul e Norte)
    • QL – Quadra do Lago (Lago Sul e Norte)
    • QMSW – Quadra Mista Sudoeste (Foram renomeadas para SQSW)
    • QRSW – Quadra Residencial Sudoeste
  • Siglas começadas em S

    • SAAN – Setor de Armazenagem e Abastecimento Norte
    • SAF – Setor de Administração Federal (Norte e Sul)
    • SAIN – Setor de Áreas Isoladas Norte
    • SAIS – Setor de Áreas Isoladas Sul
    • SAM – Setor de Administração Municipal
    • SAN – Setor de Autarquias Norte
    • SAS – Setor de Autarquias Sul
    • SBN – Setor Bancário Norte
    • SBS – Setor Bancário Sul
    • SCEN – Setor de Clubes Esportivos Norte
    • SCES – Setor de Clubes Esportivos Sul
    • SCIA – Setor Complementar de Indústria e Abastecimento
    • SCLRN – Setor Comercial Local Residencial Norte
    • SCN – Setor Comercial Norte
    • SCS – Setor Comercial Sul
    • SCTN – Setor Cultural Norte (Teatro Nacional)
    • SDN – Setor de Diversões Norte
    • SDS – Setor de Diversões Sul
    • SEN – Setor de Embaixadas Norte
    • SEPN – Setor de Edifícios Públicos Norte
    • SEPS – Setor de Edifícios Públicos Sul
    • SES – Setor de Embaixadas Sul
    • SEUPS – Setor de Edifícios e Utilidades Públicas Sul
    • SGAN – Setor de Grandes Áreas Norte
    • SGAS – Setor de Grandes Áreas Sul
    • SGCV – Setor de Garagens e Concessionárias de Veículos (Norte e Sul)
    • SGON – Setor de Garagens e Oficinas Norte
    • SHA – Setor Habitacional Arniqueiras
    • SHCES – Setor de Habitações Coletivas Econômicas Sul (Cruzeiro Novo)
    • SHCGN – Setor Habitacional de Casas Geminadas Norte
    • SHCGS – Setor Habitacional de Casas Geminadas Sul
    • SHCNW – Setor de Habitações Coletivas Noroeste
    • SHIGS – Setor de Habitações Individuais Geminadas Sul
    • SHIN – Setor de Habitações Individuais Norte
    • SHIP – Setor Hípico
    • SHIS – Setor de Habitações Individuais Sul
    • SHLN – Setor Hospitalar Local Norte
    • SHLS – Setor Hospitalar Local Sul
    • SHLSW – Setor Hospitalar Local Sudoeste
    • SHN – Setor Hoteleiro Norte
    • SHS – Setor Hoteleiro Sul
    • SHTN – Setor de Hotéis e Turismo Norte
    • SIA – Setor de Indústria e Abastecimento
    • SIG – Setor de Indústrias Gráficas
    • SMAS – Setor Múltiplo de Atividades Sul
    • SMDB – Setor de Mansões Dom Bosco
    • SMHN – Setor Médico Hospitalar Norte
    • SMHS – Setor Médico Hospitalar Sul
    • SMIN – Setor de Mansões Isoladas Norte
    • SMLN – Setor de Mansões Lago Norte
    • SMPW – Setor de Mansões Park Way
    • SMU – Setor Militar Urbano
    • SO/SOF – Setor de Oficinas (Norte e Sul)
    • SPLM – Setor Placa da Mercedes (!!!)
    • SPO – Setor Policial Sul
    • SPP – Setor Palácio Presidencial
    • SQN – Superquadra Norte
    • SQNW – Superquadra Noroeste
    • SQS – Superquadra Sul
    • SQSW – Superquadra Sudoeste
    • SRES – Setor de Residências Econômicas Sul (Cruzeiro Velho)
    • SRPN – Setor de Residências e Parques Norte (Setor Esportivo – Estádio Mané Garrincha)
    • SRPS – Setor de Residências e Parques Sul (Parque da Cidade)
    • SRTVN – Setor de Rádio e Televisão Norte
    • SRTVS – Setor de Rádio e Televisão Sul
    • STN – Setor Terminal Norte (Região do Boulevard Shopping)
    • STRC – Setor de Transporte Regional de Cargas

Achando um endereço na parte central de Brasília

Achar endereço é uma saga, geralmente as casas ficam nas quadras 700 (SHIN e SHIS) e os apartamentos nas 300, 100, 200 e 400 (SQN ou SQS). Comércio (SCS e SCN) fica localizado geralmente entre as quadras exceto nas 900, 600 e 700 sul. Igrejas, clubes, escolas e faculdades você encontra nas 600 (SGAN e SGAS) e igrejas, clubes, escolas, faculdades e centros empresariais você encontra nas 900 (SEPS e SEPN). Todos divididos em blocos de letras alfabéticas.

Outro lugar residencial é o Lago Norte e Sul, onde segue o esquema das siglas e conjuntos. Eles são divididos em Quadra Lago (QL – quadras que beiram o lago) e Quadra Interna (QI – quadras que não beiram o lago) e cada quadra é separada por conjuntos em forma de números.

Se o endereço for SHIS 705, Bloco C, Nº**, você saberá que é uma casa e que fica na Asa Sul. Se o endereço for SQN 305, Bloco G, Nº**, você saberá que fica na Asa Norte e é um apartamento. Se o endereço for SHIS QL 25, Conjunto 8, Nº**, você saberá que fica no Lago Sul. Já se o endereço for SEPS 705, Ed **, Nº** você saberá que se trata de alguma empresa. Fácil?

Bom, eu espero que tenham entendido como é o labirinto da minha cidade, mas acima de tudo, se você vem pra cá eu aconselho a ter em mãos um mapa da cidade. Nos centros de atendimento ao turista no Aeroporto de Brasília e também na Praça dos Três Poderes é fornecido tudo. Sejam Bem Vindos a Brasília.

Vídeos mostrando a cidade



Brasília-Brasil::O que conhecer na capital do Brasil::3em3

Fonte: 3em3

Uma volta em Brasília DF parte 2

Fonte: bao uber df

Brasília, uma volta pelo centro ...vem com a gente...

Fonte: Corretores Alternativos Marcela & Michel

Uma volta em Brasilia

Fonte: amandarosa31

UMA VOLTA POR BRASILIA AO SOM DE RENATO RUSSO

Fonte: NEY WELITON Falcão do Cerrado

Uma volta pelo Lago Paranoá / Brasília

Fonte: Renê Melo

Vamos dar uma volta de carro por Brasília ?

Fonte: pessoa com deficiência

Volta no sudoeste brasilia - drone

Fonte: Felipe Palma

Uma volta de carro no Setor Noroeste - Brasília

Fonte: politicaeconomia

#TT20 - Uma volta por Brasilia - DF

Fonte: Trampo e Treino

Uma volta no Parque da Cidade - Brasília/DF.

Fonte: Robson Weider

Brasilia Antiga, Uma Volta em 1970

Fonte: Silvino Arruda

Brasília - Dando um rolé em Taguatinga.

Fonte: Profilmes - Castro Junior

Uma volta completa de bike, no Parque da Cidade, Brasília - DF (parte 01)

Fonte: wsk KURY

Uma volta completa de bike, no Parque da Cidade, Brasília - DF (parte 02)

Fonte: wsk KURY

Volta De Patins No Parque Da Cidade De Brasilia

Fonte: Bruno Batman

Uma volta em Brasília ao som de Legião Urbana banda brasiliense

Fonte: Leonardo Corrêa

Dando uma volta em Brasília no feriado de Sexta-Feira Santa. (14/04/2017)

Fonte: Luiz Afonso Rampineli Bemfica

Volta completa Eixão Brasília

Fonte: DesafioCorrida

Fonte:http://tolongedecasa.com/2014/12/07/entendendo-brasilia-e-seus-enderecos/









Os maiores ditadores da história

20 dezembro 2018 0 comentários

O século XX está cheio de exemplos de ditadores na Europa, América, África e Ásia.
São dirigentes que chegaram ao poder às vezes por via democrática ou derrubando pela força um regime constituído. Desejavam construir uma "nova sociedade", e para isso, cometeram crimes contra a Humanidade.
De esquerda ou de direita, apresentamos uma lista com 15 ditadores da história contemporânea.


1. Adolf Hitler (1889-1945)

Adolf Hitler

Presidente e chanceler da Alemanha, Adolf Hitler foi precursor do nazismo, concebeu e fez a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Austríaco de nascimento, Hitler foi para a Alemanha em busca de uma vida melhor. Lutou como soldado na Primeira Guerra Mundial. Acompanhou os dois impérios, o alemão e o austríaco, que se esfacelavam após a derrota.
Este fato vai moldar sua atitude política, pois ele se junta aos que culpavam os comunistas, judeus e capitalistas internacionais pela derrota germânica. Com alguns companheiros, trama o Golpe de Munique, mas é derrotado e preso. Ali, resumiria suas ideias no livro "Minha Luta".
Hitler defendia a ideia da superioridade da raça ariana e, por isso, tratou de eliminar todos aqueles que considerava inferiores como judeus, ciganos, deficientes físicos e intelectuais, homossexuais, etc.
Para isso, criou e utilizou os campos de concentração nazistas para seus macabros objetivos. Essas foram as principais vítimas do nazismo. Além disso, levou a Alemanha a guerrear em duas frentes, ocidental e oriental,em batalhas que custaram a morte de milhares de jovens.
Ao perceber que a Alemanha seria derrotada, Hitler suicidou-se.

Vídeo documentário

01 ADOLF HITLER A EVOLUÇÃO DA MALDADE DOCUMENTÁRIO 2º GUERRA MUNDIAL
Fonte:HORA NA GUERRA

2. Josef Stalin (1879-1953)

Josef Stalin

Stalin nasceu na Geórgia. Após a morte de Lenin em 1924, Josef Stalin alcançou o poder da União Soviética.
Seu primeiro passo foi estatizar os meios de produção e coletivizar as terras cultiváveis. O objetivo era alcançar o nível de industrialização de países como a Alemanha ou Inglaterra.
As crises de fome devido às políticas agrícolas equivocadas mostraram ao povo russo e ao mundo a pior face do socialismo. Também perseguiu implacavelmente seus inimigos exilando-os, enviando-os às prisões de trabalho forçado conhecidas como Gulags ou matando-os.
Em 30 anos de Stalin no poder, calcula-se que morreram cerca de 20 milhões de pessoas.
Stalin faleceu de causas naturais em 1953.

Vídeo documentário

JOSEF STALIN: A EVOLUÇÃO DA MALDADE - DOCUMENTÁRIO 2º GUERRA MUNDIAL
Fonte:HORA NA GUERRA

3. Mengistu Haile Mariam (1937)

Mengistu Haile Mariam

Mengistu Haile Mariam (Kefa, 1937) foi chefe de estado da República Democrática Popular da Etiópia de 1974 a 1991.

Mengistu chegou ao poder através de golpe de estado que derrubou o Imperador Haile Selassie e criou um estado socialista na Etiópia. Em 1991, foi obrigado a abandonar o país, após a vitória da guerrilha liderada por Meles Zenawi.

Em 12 de dezembro de 2006 Mariam foi condenado por genocídio e dezenas de outros crimes cometidos por seu regime, sendo julgado à revelia num processo que se arrastou por doze anos, mas que representa um dos raros casos em que um antigo dirigente africano é julgado por um tribunal do seu próprio país. Encontra-se exilado no Zimbabwe.

Em 2010, Mengistu anunciou a publicação de suas memórias. No início de 2012, um manuscrito do livro de memórias, intitulado Tiglachin ("Our Struggle" em amárico), vazou na Internet. Alguns meses depois, o primeiro volume vazado foi publicado nos Estados Unidos e em 2016, o segundo volume seguido. Desta vez, foi publicado na Etiópia. Mengistu acusou o ERP de ter publicado o primeiro volume para sabotar sua publicação.

Políticas

Após o desaparecimento do Estado imperial, o governo militar provisório desmantelou a estrutura socioeconômica feudal através de uma série de reformas que também afetaram o desenvolvimento educacional. No início de 1975, o governo fechou a Universidade Haile Selassie I, e todos os quadros superiores do ensino secundário e, em seguida, destacou a cerca de 60.000 alunos e professores de áreas rurais para promoverem o governo da "Campanha de Desenvolvimento através da cooperação". Os efeitos da campanha objetivaram a promoção à reforma agrária e o melhoramento da produção agrícola, saúde, e da administração local e para que essa ensinasse aos camponeses a nova ordem política e social.

O número de matrículas escolares aumentou de cerca de 957.300 em 1974/75 para cerca de 2.450.000, em 1985/86. Houve ainda variações entre as regiões no número de alunos matriculados e uma disparidade nas matrículas de meninos e meninas. No entanto, enquanto a matrícula dos meninos mais do que duplicou, as matrículas de meninas mais do que triplicou. Entre os sucessos do governo revolucionário foi a campanha nacional alfabetização. A taxa de alfabetização, menos de 10% durante o regime imperial, aumentou para cerca de 63% em 1984. Em 1990/91 uma taxa de alfabetização de adultos pouco mais de 60% foi ainda a ser relatadas no governo, bem como em alguns relatórios internacionais. Funcionários inicialmente conduzida a alfabetização em cinco línguas: amárico, Oromo, tigrínia, Welamo, e somali. O número de línguas mais tarde foi expandido para quinze, o que representou cerca de 93% da população.

O número de quadros superiores bem como do ensino secundário quase duplicou, com quatro aumentos de Arsi, Bale, Gojjam, Gonder, e Wollo. A distribuição pré-revolucionária das escolas tinham mostrado uma operação de concentração nas zonas urbanas de um pequeno número de regiões administrativas. Em 1974/75 cerca de 55% dos quadros superiores do ensino secundário estavam na Eritreia e Shewa, incluindo Addis Abeba. Em 1985/86, o valor foi de 40%. Embora houvesse um número significativamente menor de meninas matriculadas no ensino secundário, a proporção de mulheres no sistema escolar em todos os níveis e em todas as regiões aumentaram de cerca de 32% em 1974/75 para 39% em 1985/86. No início dos anos 80, pelo menos um representante do PNUD, um ex-ministro de um país das Caraíbas, teve a credibilidade para obter acesso a Mengistu, e pode ter moderado seu excessos em alguns casos.

Até 1974, era óbvio que o sistema arcaico de terras foi um dos principais fatores responsáveis pela condição de atraso da agricultura da Etiópia e do surgimento da revolução. Em 4 de março de 1975, o Derg anunciou o seu programa de reforma agrária. O governo nacionalizou propriedades rurais sem compensação, aboliu o arrendamento, proibia a contratação de trabalho assalariado em fazendas particulares, ordenou a todas as explorações comerciais de permanecer sob controlo estatal, e foi concedido a cada família camponesa direito que possuam um lote de terreno de forma a não exceder dez hectares. A reforma agrária destruiu a ordem feudal, alterou os padrões, especialmente no sul, em favor de camponeses e pequenos proprietários, com a possibilidade de camponeses de participar em assuntos locais, autorizando-os a formar associações.

Terror Vermelho

De 1977 até 1978, o Derg ou Dergue, Governo Militar Provisório da Etiópia Socialista, liderado por Mengistu fez forte repressão aos seus opositores, que eram liderados principalmente pelo Partido Revolucionário do Povo Etíope (EPRP). Mengistu então fomentou divisões entre o EPRP e organizações estudantis aliadas, que eram formadas por revolucionários marxistas, sendo após esta divisão o início do que se chamaria o "Terror Vermelho". O Derg posteriormente virou contra o movimento estudantil MEISON socialista, um dos principais apoiantes contra o EPRP.

Os esforços da EPRP para desacreditar e minar o Derg e seus colaboradores MEISON aumentaram no outono de 1976. Prédios públicos e outros símbolos do Estado tornaram-se alvos de numerosos atentados bombistas e assassinatos de Abyot Seded e de membros do MEISON, bem como os funcionários públicos em todos os níveis. O Derg, que contrariado com a sua própria campanha de luta contra o terrorismo, como os EPRP a táctica da White Terror. Mengistu afirmaram que todos a os "progressistas" foi dada "liberdade de ação" para ajudar a erradicar a revolução dos inimigos e sua ira era particularmente dirigido para o EPRP. Camponeses, trabalhadores, funcionários públicos, e até mesmo os estudantes que se pensa ser leais ao regime Mengistu foram fornecidos com o panda dejectos para desempenhar esta tarefa.

Coronel Mengistu cometeu um ato dramático de iniciar a sua campanha de terror. Ele gritou "Morte aos contra-revolucionários! Morte ao EPRP!" e, em seguida, produziu duas garrafas do que parecia ser sangue e esmagou-los para o terreno para mostrar o que a revolução iria fazer a seus inimigos. Milhares de homens e mulheres jovens mortos transformou-se nas ruas da capital e outras cidades nos dois anos seguintes. Eles foram sistematicamente assassinadas principalmente por milícias associadas ao "Kebeles," o bairro assistir comissões que serviu durante Mengistu do reinado como o mais baixo nível da administração local unidades de vigilância e de segurança. Famílias teve de pagar um imposto sobre o Kebeles conhecido como "o desperdício de bala" para obter os corpos dos seus entes queridos. Em maio de 1977, o sueco, secretário-geral da Save the Children Fund afirmou que "1000 crianças foram mortas, e seus corpos são deixados nas ruas e estão a ser comido por selvagens hyenas... Você pode ver a heaped-up órgãos de crianças assassinadas, a maioria deles com idades compreendidas entre os onze para treze, deitado na sarjeta, como lhe expulsar de Addis Abeba. " Mengistu Haile Mariam é acusado de ser responsável pela morte de dezenas de milhares de etíopes entre 1975-1978.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Vídeo documentário

MENGISTU : The Butcher of Addis Ababa and the story of Socialist Ethiopia | African Biographics
Fonte:African Biographics

4. Hissène Habré (1942)

4. Hissène Habré (1942)

Militar e político foi presidente do Chade de 1982 até 1990. Hissène Habré chegou ao poder através de um golpe de Estado que derrubou o presidente eleito Goukouni Oueddei.
Neste época, Oueddei contava com o suporte da Líbia, de Gaddafi (ler n.º 13).
Assim, Estados Unidos e França, com receio que mais um governo antiocidental se formasse no norte da África, apoiou a deposição de Oueddei liderada por Habré.
Durante seu governo, Hissène Habré cometeu genocídios contra as tribos e etnias que lhe faziam oposição. Calcula-se que a polícia secreta tenha torturado umas 200.000 pessoas e assassinado cerca de 40.000.
Habré recebeu o duvidoso apelido de "Pinochet da África" devido aos seus métodos de desaparecimento e tortura de presos políticos.
Ao ser derrotado, em 1990, foi para o Senegal. Após tentativas infrutíferas da justiça europeia deportá-lo à Bélgica para ser julgado, o Senegal criou uma corte especial que o condenou à prisão perpétua.
Atualmente, Hissène Habré cumpre pena de prisão perpétua em Dakar.

Vídeo documentário

Hablan los torturados durante el régimen de Hissène Habré en Chad - reporter ( Em Espanhol )
Fonte:euronews (en español)

5. Augusto Pinochet (1915-2006)

Augusto Pinochet

Militar e ditador chileno. Em 1973, dirigiu o Golpe de Estado que derrotou o governo do presidente eleito Salvador Allende.
Durante a Guerra Fria, os Estados Unidos intervinham em governos que fossem de orientação socialista.
O Chile experimentava mudanças políticas e sociais importantes após a eleição de Allende. Foi a primeira vez que um político de esquerda havia chegado ao poder pela via eleitoral na América Latina.
Os militares, liderados por Augusto Pinochet, declararam hostilidade a Allende e invadiram o palácio presidencial em 11 de setembro de 1973.
Allende se suicidou e Pinochet assumiu o controle do Chile.
Pinochet cometeu graves violações dos Direitos Humanos como a censura, o uso da tortura em interrogatórios e o desaparecimento de pessoas. O regime de Pinochet terminou com mais de 3.200 pessoas desaparecidas e 38.000 torturadas.
Embora as autoridades chilenas tenham levado a cabo investigações com o objetivo de levá-lo aos tribunais, Pinochet faleceu sem ir a julgamento.

Vídeo documentário

QUEM FOI PINOCHET?
Fonte:Lobo Conservador

6. Idi Amin Dada (1920-2003)

Idi Amin Dada

Ditador militar e presidente de Uganda, Idi Amin Dada subiu ao poder com o golpe de Estado de 1971.
Seu governo se caracterizou pela repressão à liberdade de expressão, corrupção, a perseguição étnica e assassinatos de inimigos políticos.
Idi Amin Dada passou da ideologia pró-ocidental, para o anti-imperialismo. Desta maneira, conseguiu o apoio da Líbia, União Soviética e Alemanha Oriental.
Expulsou indianos, paquistaneses e cristãos europeus do país a fim de transformar Uganda num país somente para negros. O número de vítimas atribuído ao seu regime oscila entre as 100.000 e 500.000 pessoas.
Além disso, chegou a mandar assassinar altos membros do seu governo como ministros e o bispo anglicano Janani Luwum, que denunciava as atrocidades do seu regime.
De personalidade megalomaníaca, ofereceu-se para ser rei da Escócia a fim de liderar os escoceses para derrotar a Inglaterra.
Em 1978, Idi Amin Dada declarou guerra a Tanzânia, mas seria derrotado por este país. Assim, exilou-se na Líbia e, posteriormente, na Arábia Saudita, onde faleceria após 24 anos de exílio.

Vídeo documentário

Quem Foi Idi Amin Dada ?
Fonte:VEXTREME

7. Saddam Hussein (1937-2006)

Saddam Hussein

Saddam Hussein nasceu na cidade de Tikirit e era oriundo de uma família pobre que se dedicava ao pastoreio. Aos 20 anos ingressou no Partido Socialista Árabe Ba'ath e dali foi construindo sua carreira.
Este partido tinha como ideologia conciliar as ideias socialistas com o nacionalismo árabe. Durante o governo de Saddam, as empresas petroleiras e os bancos foram nacionalizados. Isto atraiu a desconfiança dos Estados Unidos que dependiam do petróleo iraquiano para a satisfazer sua demanda.
Também aboliu os tribunais e a lei islâmica - a sharia - e isso lhe valeu críticas dos setores religiosos. Também reprimiu duramente as etnias curda e xiita, acusadas de colaborarem com os inimigos do Iraque.
O governo de Saddam Hussein foi marcado por prisões arbitrárias e torturas. Participou na Guerra do Golfo e na Guerra do Iraque e é o responsável do Genocídio Curdo durante o conflito Irã-Iraque.
Capturado por tropas americanas foi entregue à justiça do Iraque. A corte iraquiana o condenou à morte por enforcamento.

Vídeo documentário

04 - SADDAM HUSSEIN: A EVOLUÇÃO DA MALDADE - DOCUMENTÁRIO
Fonte:HORA NA GUERRA

8. Francisco Franco Bahamonde (1892-1975)

Francisco Franco Bahamonde

Militar e ditador espanhol integrante do golpe de Estado que derrubou a república espanhola na qual desembocou na Guerra Civil Espanhola (1936-1939). Durante a guerra, verificam-se prisões arbitrárias e julgamentos sumários.
Franco permitiu que os países aliados, Alemanha e Itália, bombardeassem cidades como Guernica, Barcelona e Madri. Somente de desnutrição calcula-se que morreram na Espanha umas 50 mil pessoas.
Posteriormente, seu regime foi marcado por uma violenta perseguição aos opositores, censura, repreensão aos nacionalismos, exílio para aqueles que haviam lutado pela causa republicana .
Em quarenta anos de governo, a pena de morte estava instituída e foram fuziladas 23.000 pessoas.
Faleceu em 1975 de causas naturais. Até hoje, a memória e o legado de Franco são um assunto controverso na Espanha.

Vídeo documentário

Documental Historia de España: "La España de Francisco Franco" (1939-1975).
Fonte:Hans von Last

9. Jorge Rafael Videla (1925-2013)

Jorge Rafael Videla

Militar e ditador argentino. Em 1976, após consumar o golpe de Estado na Argentina contra a presidente Isabelita Perón semeou o terror pelo país.
Seu regime autodenominou-se "Processo de Reorganização Nacional" e se baseava em eliminar a oposição por meio de prisões arbitrárias, sequestros e assassinatos. Calcula-se que foram deixados cerca de 30.000 desaparecidos nesta época.
Sob sua proteção, alguns militares argentinos aproveitavam-se dos bens daqueles que foram detidos. Inclusive sequestravam os bebês nascidos nas prisões e os davam para adoção.
Igualmente, promoveu a abertura de mercado, a supressão de sindicatos e se envolveu numa disputa territorial contra o Chile. Com desavenças entre seus companheiros de armas, Videla foi substituído pelo general Roberto Viola.
Videla foi julgado várias vezes nas décadas posteriores oscilando passagens pela prisão à liberdade. Por fim, em 2010, foi condenado à prisão perpétua, onde morreria com 87 anos.

Não foi encontrado nenhum vídeo sobre Jorge Rafael Videla apenas este áudio.

Vídeo documentário

19 - Historia de Argentina - La dictadura de Videla (somente Audio em espanhol)
Fonte:vozachudo

10. Pol Pot (1925-1998)

Pol Pot

Saloth Sar, mais conhecido como Pol Pot, foi um ditador cambojano e líder do Khmer Vermelho. Atraído pelo socialismo, especialmente o maoismo, pegou em armas contra a monarquia e os vietnamitas.
Uma vez no poder, sua ideia era construir um país agrário. Tudo que fosse modernidade como máquinas e tecnologia foi banido do Camboja. Os intelectuais, a religião e o estudo foram banidos.
Também obrigou as pessoas que viviam nas cidades a irem para o campo. Ali, eram confinadas em campos de trabalho forçados onde morriam de inanição e fadiga.
Tornou-se o principal responsável do denominado "Genocídio Cambojano" que eliminou um terço da população do Camboja. A tortura era usada de maneira sistemática e grandes fossas comuns eram abertas para enterrar os mortos.
Em 1979, o Vietnã invade o Camboja. Para combatê-los, Pol Pot manda minar os campos do país, o que deixa consequências até hoje, pois as minas terrestres continuam fazendo vítimas.
Mesmo derrotado, ele se retira para o interior onde lidera a dissidência. O conflito se transforma numa guerra entre o governo e o Khmer Vermelho, ainda comandados por Pol Pot.
Pol Pot morre sem ser julgado por suas atrocidades em 1998.

Vídeo documentário

Pol Pot: milhões de mortos em 5 anos no Camboja
Fonte:Cultura e Opinião com André Sturm

11. Mao Tsé-Tung (1893-1976)

Mao Tsé-Tung

Líder da Revolução Chinesa que instaurou o socialismo na China. Calcula-se que suas políticas de industrialização e reorganização agrícola tenham deixado 70 milhões de mortos.
MaoTsé-Tung se aproximou da União Soviética a fim de conseguir apoio externo e mercado para os produtos chineses. Admirava Stalin e imitou seus métodos de coletivização forçada e o culto à personalidade do líder, por exemplo.
A versão do socialismo na China foi chamada de maoismo e inspirou movimentos de esquerda no mundo inteiro.
Igualmente, promoveu purgas de intelectuais e a Revolução Cultural nos anos 60 que mergulhou o país numa onda de violência e prisões que custaram a vida de estudantes e opositores.
Ainda assim, recebeu a visita do presidente americano Richard Nixon de modo a conquistar a opinião política ocidental.
O legado de Mao permanece controverso. Se por um lado, ele assentou as bases para a modernização chinesa, industrializando o país, por outro, acabou por comprometer várias gerações por conta das perseguições políticas, desnutrição e jornadas de trabalho extenuantes.
Mao Tsé-Tung morreu em 1976 devido à doenças.

Vídeo documentário 1

MAO O ÚLTIMO IMPERADOR
Fonte:Paulo Cesar Di Blasio


Vídeo documentário 2

MAO TSE-TUNG A HISTÓRIA REVELADA: DOCUMENTÁRIO 2º GUERRA MUNDIAL
Fonte:HORA NA GUERRA

12. Benito Mussolini (1883-1945)

Benito Mussolini

Benito Mussolini nasceu numa família humilde na Itália e a princípio se encantou com as ideias socialistas, por seu conteúdo revolucionário.
No entanto, ressentido pela derrota da Itália na Primeira Guerra, rompe com o socialismo. Passa a defender o fascismo, o nacionalismo extremo, violento e antidemocrático como solução para recuperar os territórios e o orgulho perdidos.
Em 1922, mostra o poder do seu Partido Fascista colocando 50.000 militantes para desfilar no episódio conhecido como “A Marcha sobre Roma”.
Como todos os ditadores, Mussolini não poupou esforços em perseguir opositores, como comunistas e socialistas. Aliado de Hitler, promulgou leis antissemitas que resultaram na deportação e morte de milhares de judeus.
A participação da Itália na Segunda Guerra foi um fiasco completo e a Alemanha teve que intervir em todas as batalhas para socorrer seu aliado. Em 1943, Mussolini é deposto e preso, mas foi resgatado por paraquedistas alemães.
Ainda tenta fundar uma república no norte da Itália. Expulso, tentaria atravessar a fronteira suíça, mas é descoberto e fuzilado em 1945.

Vídeo documentário

02 - BENITO MUSSOLINI: A EVOLUÇÃO DA MALDADE - DOCUMENTÁRIO 2º GUERRA MUNDIAL
Fonte:HORA NA GUERRA

13. Muammar Gaddafi (1942-2011)

Muammar Gaddafi

Político, militar e revolucionário líbio. Derrubou a monarquia através de um golpe de Estado e foi proclamado o líder do país.
Usou o lucro da produção do petróleo para modernizar a Líbia construindo casas, promovendo a educação e saúde gratuitas. Sob seu comando o país teve o maior IDH da África.
Muçulmano praticante, não concordava com o comunismo por esta ideologia ser ateia. Assim, aproximou-se das ideias pan-arabistas defendidas pelo presidente do Egito, Gamel Adbel Nasser, que buscava unir o mundo árabe recém-saído do colonialismo europeu.
Gaddafi foi eliminando, literalmente, qualquer oposição interna. Para isso, contava com a polícia secreta que vigiava e prendia os cidadãos líbios sem precisar de acusações formais. Em junho de 1996, mandou executar cerca de 1.000 prisioneiros, acusados de “oposição ao regime”.
No exterior, declarou guerra ao imperialismo americano. Assim, financiou vários grupos europeus que usavam da violência para atingir seus objetivos como o alemão Baader Meinhof, o vasco ETA, o irlandês IRA e organizações palestinas.
Igualmente, promoveu uma série de atentados terroristas. Os mais notórios foram o sequestro de atletas israelenses na Olimpíada de Munique em 1972, que terminou com 12 mortos e a explosão do avião da Pam Am 103, em 1988, que matou 270 pessoas.
Apesar disso, Gaddhafi não apoiava o terrorismo praticado por grupos como o Al-Qaeda ou o Estado Islâmico, pois os via como concorrentes.
Dessa maneira, condenou o ataque de 11 de Setembro e se declarou amigo das potências ocidentais. Na primeira década do século XXI recebeu uma série de dirigentes da França, Espanha e Reino Unido.
No entanto, com a Primavera Árabe, organizações líbias se levantaram contra Gaddhafi com apoio das tropas da ONU. Conseguiram expulsá-lo da capital e posteriormente, o dirigente foi perseguido enquanto se dirigia para sua cidade natal. Ali, foi capturado e assassinado a tiros.

Vídeo documentário

MUAMMAR GADDAFI - A EVOLUÇÃO DA MALDADE - DOCUMENTÁRIO 2º GUERRA MUNDIAL
Fonte:HORA NA GUERRA

14. François Duvalier - Papa Doc (1907-1971)

François Duvalier - Papa Doc

François Duvalier (pronúncia em francês: ​[fʁɑ̃swa dyvalje]; Porto Príncipe, 14 de abril de 1907 — Porto Príncipe, 21 de abril de 1971), também conhecido como Papa Doc, foi um político e médico haitiano que serviu como Presidente do Haiti de 1957 a 1971. Ele foi eleito Chefe de Estado da sua nação com uma plataforma populista e de nacionalismo negro. Após deter um golpe militar em 1958, seu regime tomou um caráter totalitário e despótico. Entre um dos seus atos mais notórios foi a formação de um esquadrão da morte, conhecido como Tonton Macoute (em crioulo haitiano: Tonton Makout), cujo principal propósito era assassinar opositores do governo de Duvalier; o Tonton Macoute foi tão eficiente em suas atividades clandestinas de caçar e matar dissidentes, que a população geral haitiana ficava extremamente receosa de expressar qualquer forma de descontentamento com o governo, mesmo que em privado.

Duvalier buscou consolidar seu poder ao incorporar elementos da mitologia haitiana no culto à personalidade que foi erguido a sua volta. Seu governo foi marcado por prisões arbitrárias, tortura e morte de opositores, corrupção e nepotismo. No âmbito externo, de início manteve-se alinhado aos Estados Unidos, mas quando o seu regime começou a ficar cada vez mais opressor, os americanos foram lentamente cortando seus laços com ele. Em 1962, Papa Doc anunciou que seu país rejeitaria qualquer ajuda monetária vinda do governo americano. Ele então se apropriou de toda a ajuda externa que vinha ao Haiti, desviando milhões de dólares para contas pessoais. Com o passar dos anos, seu regime foi se tornando cada vez mais repressivo. Bens privados eram apropriados pelo governo e toda a oposição era silenciada. Fome e má-nutrição se tornaram epidêmicas. Por causa destas atrocidades, Duvalier era chamado de "Diabo do Haiti".

Durante seu regime, a economia do Haiti sofreu, enquanto ele acumulava uma enorme fortuna pessoal. A repressão política e a falta de oportunidades fez com que houvesse uma enorme fuga de cérebros do país, com a elite intelectual haitiana fugindo em grandes números para o exterior. Ainda assim, sua popularidade permaneceu alta durante boa parte do seu governo, sustentada pela população majoritariamente rural, que dependia de subsídios do governo para se manter relevante economicamente. Sua fala de nacionalismo negro também ressoava com a classe média-baixa.

Antes de se tornar presidente, Duvalier foi um médico de certo prestígio. Seu profissionalismo e conhecimento da área lhe renderam a alcunha de "Papa Doc". Uma vez no poder, foi reeleito, em 1961, numa eleição conturbada, onde ele foi o único candidato nas cédulas eleitorais. Em seguida, continuou a consolidar seu poder até o ponto onde, em 1964, se proclamou Président à vie ("presidente vitalício") após outra eleição fraudulenta, se mantendo no poder até sua morte, em abril de 1971. Ele foi sucedido por seu filho, Jean‑Claude, que foi apelidado de "Baby Doc".

Vídeo documentário

05 - FRAÇOIS PAPA DOC "O BRUXO": A EVOLUÇÃO DA MALDADE - DOCUMENTÁRIO
Fonte:HORA NA GUERRA

15. Kim Jong-un (1984)

Kim Jong-un
김정은

Kim Jong-un (em coreano: 김정은; hanja: 金正恩; Pyongyang, 8 de janeiro de 1982) é um político norte-coreano, que serve como Líder Supremo de seu país, desde 2011, e é líder do Partido dos Trabalhadores da Coreia, desde 2012. É o terceiro e mais jovem filho de Kim Jong-il com sua última esposa Ko Young-hee. Ele é neto de Kim Il-sung, o primeiro líder da Coreia do Norte de 1948 a 1994. Kim Jong-un é um general de quatro estrelas do Exército Popular da Coreia e por isso, em setembro de 2010, Kim Jong-un ficou conhecido como "Jovem General" e, no final de 2011, como "Respeitado General" em sinais as bênçãos que ofereciam a ele, seu pai e seu avô. Kim é o primeiro líder norte-coreano que nasceu após a fundação do país.

Desde o final de 2010, Kim Jong-un é visto como herdeiro da liderança da Coreia do Norte, e após a morte do pai, a mídia estatal referiu-se a ele como o "Grande Sucessor". Kim detém os títulos de Secretário-Geral do Partido dos Trabalhadores da Coreia, ex-presidente da Comissão Militar Central, Presidente da Comissão de Defesa Nacional, Comandante Supremo do Exército Popular da Coreia, e membro do Presidium do Politburo, o mais alto órgão de decisão da Coreia do Norte. Kim foi promovido ao posto de Marechal da Coreia do Norte no Exército Popular da Coreia, em 18 de julho de 2012, consolidando sua posição como Comandante Supremo das Forças Armadas e é frequentemente chamado de Marechal Kim Jong-un, "o Marechal" ou "Caro Respeitado" pela mídia estatal.

A liderança de Kim tem seguido o mesmo culto à personalidade de seu avô e seu pai. Em 2014, um relatório do UNHRC sugeriu que Kim poderia ser levado a julgamento por crimes contra a humanidade. Ele ordenou o expurgo ou a execução de vários oficiais norte-coreanos. Acredita-se que Kim tenha ordenado o assassinato de seu meio-irmão, Kim Jong-nam, na Malásia, em fevereiro de 2017. A revista Forbes classificou Kim como a 36ª pessoa mais poderosa do mundo em 2018, a posição mais alta entre os coreanos. Ele têm presidido sob uma expansão da economia de consumo, projetos de construção e de atrações turísticas. Ele promoveu a política byungjin, semelhante à política de Kim Il-Sung dos anos 1960, referindo-se ao desenvolvimento simultâneo da economia e do programa de armas nucleares do país.

Kim Jong-un em 2019

Em 2018, Kim Jong-un e o presidente da Coreia do Sul Moon Jae-in encontraram-se duas vezes em Panmunjom, na fronteira entre o norte e o sul, e uma vez em Pyongyang. Em 12 de junho de 2018, Kim Jong-un e o presidente dos EUA, Donald Trump, reuniram-se em Singapura, a primeira reunião entre um líder norte-coreano e um líder norte-americano para discutir o programa nuclear norte-coreano. Uma reunião de acompanhamento em Hanói, em fevereiro de 2019, terminou abruptamente sem um acordo. Em 25 de abril de 2019, Kim Jong-Un e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, realizaram sua primeira cúpula em Vladivostok, na Rússia. Em 30 de junho de 2019, Kim se reuniu com o presidente sul-coreano Moon Jae-in e com o presidente dos EUA, Donald Trump, na Zona Desmilitarizada da Coreia. Ele alegou sucesso no combate à pandemia de COVID-19 na Coreia do Norte, embora os peritos duvidassem que o país não tinha nenhum caso registrado. Em 2022 o líder norte-coreano disse que vai lançar vários satélites de reconhecimento para espionar em tempo real as ações militares dos Estados Unidos e de seus aliados.

Início de vida

As autoridades norte-coreanas e a mídia estatal afirmam que a data de nascimento de Kim é 8 de janeiro de 1982, mas oficiais de inteligência sul-coreanos acreditam que a data real é um ano depois. Acredita-se que o ano oficial de nascimento de Kim foi mudado por razões simbólicas; 1982 marca 70 anos após o nascimento de seu avô, Kim Il-sung, e 40 anos após o nascimento oficial de seu pai Kim Jong-il. O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos lista a data oficial do nascimento de Kim Jong-un em 8 de janeiro de 1984. O ex-astro do basquete Dennis Rodman, que é um grande amigo de Kim Jong-un, disse que esta era a data de nascimento de Kim depois de se encontrar com ele em setembro de 2013 na Coreia do Norte.

A escola pública Liebefeld-Steinhölzli em Köniz, na Suíça, na qual Kim Jong-un estudou

Kim Jong-un foi o segundo dos três filhos que Ko Young-hee deu a Kim Jong-il; seu irmão mais velho Kim Jong-chul nasceu em 1981, enquanto sua irmã mais nova, Kim Yo-jong, nasceu em 1987. Todos os filhos de Kim Jong-il teriam vivido na Suíça, bem como a mãe dos dois filhos mais novos, que viveram em Genebra por algum tempo. Os primeiros relatos diziam que Kim Jong-un frequentou a Escola Internacional particular de língua inglesa em Gümligen, na Suíça, sob o nome de "Chol-pak" ou "Pak-chol", de 1993 a 1998. Ele era descrito como tímido, um bom aluno que se dava bem com seus colegas e era um fã de basquete. Ele era acompanhado por um aluno mais velho, que pensavam ser seu guarda-costas. No entanto, mais tarde foi sugerido que o aluno de Gümligen não era Kim Jong-un, mas, sim, seu irmão mais velho Kim Jong-chul.

Mais tarde, foi relatado que Kim Jong-un frequentou a escola estatal Liebefeld-Steinhölzli, em Köniz, perto de Berna, sob o nome "Pak-un" ou "Un-pak", de 1998 até 2000, como filho de um funcionário da embaixada norte-coreana em Berna. As autoridades confirmaram que um estudante norte-coreano frequentou a escola nesse período. Pak-un assistiu pela primeira vez a uma aula especial para crianças de língua estrangeira e depois frequentou as aulas regulares do 6º, 7º, 8º e parte do 9º ano final, deixando a escola abruptamente na primavera de 2000. Ele foi descrito como um estudante bem integrado e ambicioso que gostava de jogar basquete. No entanto, suas notas e frequências nas aulas são relatadas como ruins. O embaixador da Coreia do Norte na Suíça, Ri Chol, teve uma relação próxima com ele e atuou como seu mentor. Um dos colegas de classe de Pak-un disse aos repórteres que ele havia dito que era o filho do líder da Coreia do Norte. De acordo com alguns relatos, Kim foi descrito pelos colegas como uma criança tímida que era desajeitada com garotas e indiferente a questões políticas, mas que se destacava nos esportes e tinha um fascínio pela National Basketball Association (NBA) e por Michael Jordan. Um amigo alegou ter visto fotos de Pak-un com Kobe Bryant e Toni Kukoč. O Washington Post relatou em 2009 que os amigos da escola de Kim Jong-un recordaram que ele "passava horas fazendo desenhos a lápis meticulosos da estrela do Chicago Bulls, Michael Jordan".

Em abril de 2012, novos documentos apareceram, indicando que Kim Jong-un vivia na Suíça, desde 1991 ou 1992, mais cedo do que se pensava anteriormente.

O Laboratório de Antropologia Anatômica da Universidade de Lyon, França, comparou o retrato de Pak-un tirado na escola Liebefeld-Steinhölzli, em 1999, com uma foto de Kim Jong-un de 2012 e concluiu que os rostos mostram uma conformidade de 95%, sugerindo que é muito provável que eles sejam a mesma pessoa.

A maioria dos analistas concordam que Kim Jong-un frequentou a Universidade Kim Il-sung, uma das principais escolas de treinamento de oficiais em Pyongyang, de 2002 a 2007. Kim obteve dois graus, um em física na Universidade Kim Il-sung e outro como oficial do Exército na Universidade Militar Kim Il-sung.

No final de fevereiro de 2018, a agência de notícias Reuters divulgou imagem de uma cópia de um passaporte brasileiro emitido para Kim Jong-un. A imagem indica que o documento com a foto de Kim Jong-un foi emitido em 1996, com o nome de Josef Pwag, com nascimento em São Paulo, em 1º de fevereiro de 1983. O MRE informou que Kim e seu pai usaram passaportes emitidos pela Polícia Federal, datados de 26 de fevereiro de 1996 ,com validade até 25 de fevereiro de 2006 - para pedir vistos para países do Ocidente na década de 1990. Segundo o MRE, foi a partir desses documentos que a embaixada brasileira em Praga, na República Tcheca, emitiu, em 1996, novos passaportes para pai e filho, que usaram os nomes de Josef Pwag (Kim Jong-un) e Ijong Tchoi (Kim Jong-il). O MRE confirmou a informação ao G1. O jornal japonês Yomiuri Shimbun afirmou que Kim Jong-un foi à Disneyland com o passaporte brasileiro. De acordo com o jornal, o acompanhante seria seu irmão Kim Jong-chul.

Kim e o então presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, se encontrando em 2018

Por muitos anos, apenas uma foto confirmada dele era conhecida fora da Coreia do Norte, aparentemente tirada em meados da década de 1990, quando ele tinha onze anos. Ocasionalmente, outras supostas imagens dele surgiam, mas eram frequentemente contestadas. Foi somente em junho de 2010, pouco antes de ele receber cargos oficiais e ser publicamente apresentado ao povo norte-coreano, que mais fotos foram tiradas de Kim, tiradas quando ele frequentava a escola na Suíça. A primeira imagem oficial dele como adulto foi uma fotografia em grupo lançada em 30 de setembro de 2010, no final da conferência do partido que efetivamente o ungiu, na qual ele está sentado na fila da frente, dois lugares depois de seu pai. Isso foi seguido por filmagens noticiosas dele participando da conferência.

Vida pessoal

Kim Jong-Un e Donald Trump durante a cúpula entre Estados Unidos e Coreia do Norte em 2018

Kenji Fujimoto, um chef japonês que foi o cozinheiro pessoal de Kim Jong-il, descreveu Kim Jong-un como "a cara do pai, uma imagem cuspida dele em termos de rosto, forma do corpo e personalidade". Ele disse que Jong-un era um grande fã dos Beatles e do Jean-Claude Van Damme. É dito que Kim é fã do Chicago Bulls e do Los Angeles Lakers também.

Em 2012, o Business Insider informou que houve "sinais de um aumento de artigos de luxo... saindo da Coreia do Norte desde que Kim Jong-un assumiu" e que sua "esposa Ri Sol-Ju foi fotografada segurando o que parecia ser uma bolsa Dior cara, no valor de quase 1 594 dólares - um salário médio de um ano na Coreia do Norte". Segundo fontes diplomáticas, "Kim Jong-un gosta de beber e festejar a noite toda, como seu pai fazia, e encomendou o equipamento de uma sauna importada para ajudá-lo a passar a ressaca e o cansaço".

Em 26 de fevereiro de 2013, Kim Jong-un conheceu Dennis Rodman, que levou muitos repórteres a especularem que Rodman foi o primeiro americano que Kim conheceu. Durante a viagem de Rodman, o correspondente da revista Vice Ryan Duffy disse que "o líder era 'socialmente desajeitado' e não fazia contato visual ao apertar as mãos".

Segundo Cheong Seong-chang, do Instituto Sejong, Kim Jong-un tem um interesse visível maior no bem estar de seu povo e se envolve em uma interação maior com eles do que seu pai envolvia.

Os sul-coreanos que viram Kim na cúpula em abril de 2018 o descreveram como direto, bem-humorado e atencioso. Depois de conhecê-lo, Donald Trump disse: "Eu aprendi que ele era um homem talentoso. Eu também aprendi que ele ama muito seu país". Ele acrescentou que Kim tinha uma "grande personalidade" e era "muito inteligente".

Saúde

Kim em um encontro com o presidente russo Vladimir Putin

Em 2009, relatórios sugeriram que Kim Jong-un era diabético e sofria de hipertensão. Ele também é conhecido por fumar cigarros. Kim Jong-un não apareceu em público por seis semanas em setembro e outubro de 2014. A mídia estatal informou que ele estava sofrendo de uma "condição física desconfortável". Anteriormente, ele tinha sido visto mancando. Quando ele reapareceu, ele estava usando uma bengala. Em setembro de 2015 o governo sul-coreano comentou que Kim parecia ter ganho 30 quilogramas de gordura corporal nos últimos cinco anos, atingindo um peso corporal total estimado de 130 quilos. Kim também sofre de gota (inflamação nas articulações) e de insônia.

Em 15 de abril de 2020, Kim Jong-Un não participou das homenagens ao seu avô Kim Il-sung, o fundador da Coreia do Norte. Sua ausência nas festividades do principal feriado do país gerou suspeitas de que ele poderia estar doente. A 21 de abril, a imprensa norte-americana divulgou que o estado de saúde do dirigente era grave, após ter passado por uma cirurgia cardíaca. Tal informação, contudo, não foi confirmada por autoridades sul-coreanas ou chinesas. A imprensa estatal norte-coreana inicialmente não fez qualquer menção ao estado de saúde de seu líder. Contudo, em 2 de maio, após vinte dias fora de vista, Kim Jong-un fez uma aparição pública durante a inauguração de uma fábrica de fertilizantes em Pyongyang. Isso corroborou informações que surgiram na imprensa sul-coreana de que de fato o dirigente norte-coreano estaria relativamente bem de saúde. Os motivos por ter desaparecido por três semanas, contudo, não foram divulgados.

Durante o ano de 2021, Kim Jong-Un teria emagrecido mais de 20 quilos. Não se sabe se a perda de peso estaria relacionada a problemas de saúde do dirigente, ou se faz parte de um projeto pessoal do líder para melhorar suas condições de saúde. Chegou-se a suspeitar que Kim Jong-Un estaria fazendo uso de um sósia em eventos públicos, hipótese que foi descartada pelo serviço secreto sul-coreano.

Família

Em 25 de julho de 2012, a mídia estatal norte-coreana informou pela primeira vez que Kim Jong-un é casado com Ri Sol-ju (em coreano: 리 설주). Ri, que se acreditava ter 20 e poucos anos, já acompanhava Kim Jong-un em aparições públicas por várias semanas antes do anúncio. De acordo com um analista sul-coreano, Kim Jong-il havia organizado o casamento antes de sofrer um derrame em 2008, os dois se casaram em 2009, e tiveram um filho em 2010. Dennis Rodman, depois de visitar a Coreia do Norte em 2013, relatou que eles tiveram uma filha chamada Kim Ju-ae. No entanto, fontes sul-coreanas especularam que eles teriam vários filhos.

Kim às vezes é acompanhado por sua irmã mais nova, Kim Yo-jong, que é instrumental na criação de sua imagem pública e na organização de eventos públicos para ele. De acordo com Kim Yong-hyun, professora de estudos norte-coreanos na Universidade Dongguk, em Seul, e outros, a promoção de Kim Yo-jong e outros é um sinal de que "o regime de Kim Jong-un terminou sua coexistência com os remanescentes do regime anterior de Kim Jong-il, realizando um substituto geracional nos principais postos de elite do partido".

Em 13 de fevereiro de 2017, Kim Jong-nam, o meio-irmão exilado de Kim Jong-un, foi assassinado com o componente químico VX enquanto caminhava pelo Terminal 2 no Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur.

Uma filha do líder norte-coreano apareceu em 2022 em público, pela primeira vez, em imagens divulgadas pela comunicação social estatal do local de lançamento do míssil intercontinental. A propaganda oficial não tinha reconhecido a sua existência. Fontes não oficiais alegam que Kim teve três filhos com Ri em 2010, 2012 ou 2013 e 2017.

Após uma das extravagantes visitas à Coreia do Norte para se reunir com Kim Jong-un, o antigo jogador de basquetebol norte-americano Dennis Rodman disse em 2013 que segurou nos braços “a sua filha Ju-ae”, um bebé na altura. Esta foi a única vez que alguém nomeou um dos descendentes do ditador norte-coreano pelo nome próprio.

Em novembro de 2022 a agência estatal de notícias norte-coreana KCNA divulgou pela primeira vez uma foto de Kim Jong-Un com uma de suas filhas. A jovem estava acompanhando o pai durante um teste do míssil Hwasong 17. Não se sabe se a garota nas fotos publicadas é Kim Ju-ae.

Vídeo documentário

Quem achou que Kim Jong-un seria um líder melhor, se enganou! | A EVOLUÇÃO DA MALDADE | HISTORY 2
Fonte:Canal History Brasil

16. Hideki Tōjō(1884-1948)

Hideki Tōjō
東條 英機

Hideki Tojo nasceu em Kojimachi (distrito de Tóquio), em 1884. Ele era o terceiro filho de Hidenori Tojo, tenente-general do Exército Imperial Japonês. Tojo teve dois irmãos mais velhos que morreram antes de seu nascimento, por isso ele foi considerado o mais antigo e recebeu o tratamento e os direitos que um filho mais velho no Japão tem direito, que inclui uma imensa quantidade de honra. Em 1909 ele se casou com Katsuko Ito, com quem teve três filhos e quatro filhas.

Ele foi nomeado comandante da 24.ª Brigada de Infantaria IJA em agosto de 1934. Em setembro de 1935, Tojo foi transferido para se tornar comandante do Kempeitai do Exército de Kwangtung em Manchúria.

Tojo foi promovido a Chefe do Estado-Maior do Exército Kwangtung. Como Chefe de Gabinete, Tojo foi responsável por várias operações militares para aumentar a penetração japonesa na Mongólia e regiões fronteiriças com Manchukuo. Em julho de 1937, ele conduziu pessoalmente as unidades do 2.ª Brigada Mista Independente de Operação Chahar.

Após o incidente da Ponte Marco Polo, que marca o início da Segunda Guerra Sino-Japonesa, Tojo ordenou que suas forças para avançar contra Hopei e outros alvos no norte da China.

Tojo foi chamado para o Japão em maio de 1938 para servir como Vice-Ministro do Exército no ministro do Exército Seishirō Itagaki. De dezembro de 1938-1940, Tojo foi Inspector-Geral da Aviação do Exército.

Ascensão a Primeiro-Ministro

Em 18 de outubro de 1941, Tojo foi nomeado ministro do Exército no segundo Gabinete de Fumimaro Konoe, e permaneceu no cargo no terceiro gabinete de Konoe. Ele era um forte defensor da aliança tripartida entre o Japão, Alemanha nazista e Itália fascista. Como ministro do Exército, ele continuou a expandir a guerra com a China. Após negociações com o Governo de Vichy, o Japão recebeu a permissão de colocar elementos de seu exército na Indochina Francesa, em julho de 1941. Apesar do seu reconhecimento formal do governo de Vichy como legítimo, os Estados Unidos retaliaram contra o Japão, através da imposição de sanções econômicas, em agosto, e um embargo total sobre exportações de petróleo e gasolina.

Em 6 de setembro, o prazo de início de outubro foi fixado em conferência Imperial para a continuação das negociações. Em 14 de outubro, o prazo passou sem progresso. O primeiro-ministro Konoe, em seguida, realizou sua última reunião de gabinete, onde Tojo fez a maior parte da conversa.

A opinião predominante no âmbito do Exército japonês na época era de que o prosseguimento das negociações poderia ser perigoso. No entanto, Hirohito pensou que ele poderia ser capaz de controlar as opiniões extremas no exército usando Tojo, carismático e bem relacionados, que tinha manifestado reservas quanto à guerra com o Ocidente, embora o próprio imperador fosse cético que seria Tojo capaz de evitar o conflito. Em 13 de outubro, ele declarou para Koichi Kido: "Parece haver pouca esperança na situação actual das negociações EUA-Japão.

Em 16 de Outubro, Konoe, isolado politicamente e convencido de que o imperador já não confiava nele, demitiu-se. Mais tarde, ele justificou-se ao seu secretário-chefe de gabinete, Kenji Tomita.

Claro sua majestade é um pacifista, e não há dúvida de que queria evitar a guerra. Quando eu lhe disse que iniciar a guerra é um erro, ele concordou. Mas no dia seguinte, ele me dizia: "Você estava preocupado com isso ontem, mas você não precisa se preocupar tanto." Assim, aos poucos, ele começou a levar para a guerra. E a próxima vez que eu o encontrei, ele se inclinou ainda mais para a guerra. Em suma, eu senti que o Imperador estava me dizendo: "Meu primeiro-ministro não compreende as questões militares, eu sei muito mais." Em suma, o Imperador tinha absorvido a opinião dos altos comandos do exército e da marinha.

Hideki Tojo, em uniforme militar.

Na época, príncipe Higashikuni Naruhiko foi dito ser a única pessoa que podia controlar o Exército e a Marinha, e foi recomendado por Konoe e Tojo. Hirohito rejeitou esta opção, argumentando que um membro da família imperial não deveria ter, eventualmente, assumir a responsabilidade para uma guerra contra o Ocidente. Seguindo o conselho de Koichi Kido, ele preferiu Tojo, que era conhecido por sua devoção à instituição imperial.

O Imperador convocou Tojo ao Palácio Imperial, um dia antes Tojo assumiu o cargo.

Tojo escreveu em seu diário: "Eu pensei que fui convocado porque o imperador estava furioso com a minha opinião." Foi-lhe dada uma ordem do Imperador: Para fazer uma análise política do que havia sido sancionada pelo conferências Imperial. Tojo, que estava do lado da guerra, no entanto, aceitou nesta ordem, e se comprometeram a obedecer. Segundo o coronel Akiho Ishii, um membro do Exército, o primeiro-ministro mostrou um verdadeiro senso de lealdade ao imperador executar este dever. Por exemplo, quando Ishii recebeu Hirohito uma comunicação dizendo que o Exército deve deixar cair a ideia de tropas estacionadas na China para lutar contra as operações militares de potências ocidentais, ele escreveu uma resposta para o primeiro-ministro para a sua audiência com o imperador. Tojo, em seguida, respondeu a Ishii: "Se o imperador disse que deveria ser assim, então isso é tudo para mim. Não se pode recitar os argumentos para o imperador. Você pode manter o seu memorando finamente formulado."

Em 2 de novembro, Tojo e os oficiais Hajime Sugiyama e Osami Nagano relatou que Hirohito que a revisão foi em vão. O imperador, em seguida, deu seu consentimento para a guerra.

Em 3 de Novembro, Nagano explicou em detalhes para o Imperador Hirohito ataque a Pearl Harbor.

Em 5 de Novembro, Hirohito aprovou na conferência Imperial o plano de operações para uma guerra contra o Ocidente e teve muitas reuniões com os militares e Tojo até o final do mês. Em 1 de Dezembro, uma outra conferência imperial finalmente sancionou a "guerra contra os Estados Unidos, Inglaterra e Países Baixos"

Como primeiro-ministro

Tojo continuou a ocupar o cargo de ministro do Exército durante o seu mandato como Primeiro-Ministro, de 18 de outubro de 1941 a 22 de Julho de 1944. Ele também serviu simultaneamente como Ministro do Interior (1941-1942), Ministro dos Negócios Estrangeiros em Setembro de 1942, Ministro da Educação, em 1943, e Ministro do Comércio em 1943.

Como ministro da Educação, ele continuou a doutrinação militarista e nacionalista no sistema de educação nacional e reafirmou as políticas nacionalistas no governo. Como ministro, ele aprovou várias medidas eugenias no Japão.

Sua popularidade se elevou nos primeiros anos da guerra, enquanto as forças japonesas conquistavam uma vitória atrás da outra nos campos de batalha. No entanto, após a derrota japonesa em Midway, a maré da guerra virou e ficou tremendamente desfavorável ao Japão. Tojo passou então a enfrentar uma crescente oposição dentro do governo e entre os militares. Para reforçar a sua posição, em fevereiro de 1944, ele assumiu o cargo de Chefe do Exército Imperial Japonês. No entanto, após a queda de Saipan, ele foi forçado a renunciar ao cargo de primeiro-ministro em 22 de julho de 1944.

Captura, julgamento e execução

Após a rendição do Japão em 1945, o general americano Douglas MacArthur, comandante das forças Aliadas no pacífico, emitiu ordens para prender mais de quarenta líderes militares japoneses acusados de crimes de guerra, incluindo Tōjō. Enquanto isso, a casa dele em Setagaya foi cercada por fotógrafos e jornalistas. Três soldados americanos e dois oficiais da inteligência foram enviados para prender Tōjō.

Hideki Tōjō ferido após a sua tentativa de suicídio.

Dois correspondentes de guerra americano (Hugh Bailey e Russell Braun), que haviam entrevistado Tōjō, também estavam presentes quando os militares americanos foram prendê-lo. O ex primeiro-ministro foi encontrado mortalmente ferido com um tiro auto infligido no peito. Foi apenas duas horas depois da tentativa de suicídio que médicos chegaram para tratá-lo. Tōjō atirou contra a própria barriga e a bala entrou no estômago, o que acabou salvando sua vida pois ele na verdade queria atirar no coração. Ferido e sendo atendido por médicos, ele teria virado para um repórter japonês que estava no local e disse: "Me desculpem por ter demorado tanto para morrer. A Grande Guerra Asiática Oriental era justificada e justa. Eu sinto muito pela nação e por todas as raças dos poderes da Grande Ásia. Eu aguardo o julgamento justo da história. Eu queria cometer suicídio mas às vezes isso falha".

Tōjō foi preso e levado para um hospital militar americano. Após se recuperar de seus ferimentos, ele foi transferido para a prisão de Sugamo. Por lá, ele recebeu novas dentaduras feitas por um dentista americano. Secretamente a frase "Remember Pearl Harbor" ("Lembre-se de Pearl Harbor") foi gravada nos dentes da dentadura em código morse.

Durante o julgamento, Tōjō assumiu toda a responsabilidade por suas ações durante a guerra.

Tōjō foi sentenciado à morte em 12 de novembro de 1948 e executado por enforcamento quarenta e um dias depois em 23 de dezembro do mesmo ano. Antes de sua morte, ele entregou as insígnias de seu uniforme ao soldado americano Kincaid, que era um dos guardas de sua cela; elas agora estão à mostra em um museu em Pensacola, Flórida. Em um discurso final, ele pediu desculpas pelas atrocidades que os militares japoneses cometeram durante a guerra e pediu para que os americanos mostrassem compaixão para com o povo japonês, que vinha sofrendo muito com os bombardeios aéreos dos Aliados ao país e com o lançamento das bombas atômicas. Após a sua morte foi cremado e as cinzas espalhadas no Oceano Pacífico.

Muitos historiadores criticaram o trabalho feito pelo general Douglas MacArthur e sua equipe, que queriam exonerar o imperador Hirohito e todos os membros de sua família imperial de qualquer processo por crimes cometidos durante a guerra. MacArthur e o general de brigada Bonner Fellers queriam proteger o imperador e jogar toda a responsabilidade da guerra em Tōjō.


Vídeo documentário

HIDEKI TOJO A EVOLUÇÃO DA MALDADE - DOCUMENTÁRIO -2º GUERRA MUNDIAL
Fonte:HORA NA GUERRA
Fonte: Internet

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